Vice no Artilheiro do Ano, Zé Carlos vive ‘virada’ e aumenta conta de gols

19/12/2012 - 11:54

Atacante Zé Carlos comemora um dos 27 gols que assinalou na Série B do Brasileirão, em 2012.

Segundo colocado no prêmio Artilheiro do Ano, atrás apenas de Neymar, e na história da Série B do Campeonato Brasileiro por pontos corridos pelos 27 gols em uma única edição. Zé Carlos, ex-Paulista, perdeu apenas para o santista, com 43 gols na temporada - dois a mais que ele. Um desfecho bem distinto do que se desenhava ao final das competições que o Criciúma disputou no primeiro semestre. Quando o clube foi eliminado da Copa do Brasil e terminou o Campeonato Catarinense em sétimo entre os 10 participantes, Zé Carlos tinha 14 gols marcados e vivia a incerteza. Havia sido afastado pela direção.

Tinha de saldo 12 gols pelo Campeonato Catarinense e outros dois pela Copa do Brasil. Mas logo após o apito final da derrota em casa para o Metropolitano, por 3 a 2, na 8ª rodada do returno, Zé Carlos disse que haviam jogadores no elenco que falavam demais e não jogavam. Então companheiro, o goleiro Andrey também desabafou e foi igualmente afastado. O arqueiro foi embora e o atacante ficou, já que tem contrato com o Criciúma até o próximo ano.

Naquele momento, Zé do Gol tinha a média de um gol por jogo. Foram 12 partidas em campo das 18 do time no Campeonato Catarinense e 12 gols. Na Copa do Brasil, o Criciúma fez três partidas. Ele jogou duas delas e marcou duas vezes. Porém, dentro das quatro linhas parecia solitário. Sua atitude era de esperar a bola chegar e tentar fazê-la encontrar as redes.

Coube ao técnico Paulo Comelli, contratado para comandar o clube ao acesso, ajudar o jogador. Zé Carlos pediu desculpas pelos erros, embora não revelados. Mas era preciso conter os ânimos do atacante e recolocá-lo no novo grupo de atletas que era formado para a disputa da segunda divisão nacional. Segundo o treinador, bastava conversar com o jogador, uma vez que o faro de gol parecia estar em dia.

“O Zé Carlos tinha atrito quando cheguei aqui. A gente conversou muito com ele e se tornou outra pessoa. Fez um brilhante campeonato. Ele, juntamento com os demais jogadores, foram pessoas que se aplicaram e se doaram naquilo que a gente queria. Isso fez com que a equipe fizesse uma campanha também brilhante”.
Desde as primeiras rodadas da Série B, Zé Carlos desandou a fazer gols. Um terço dos 27 anotados, foram no primeiro turno. Virou xodó da torcida, até porque fez também 18 gols somente em partidas disputadas no Heriberto Hülse durante a segunda divisão.

“Foi melhor ano da minha vida, disparado. Fico muito contente de ter vestido esta camisa, de ter dado meu melhor e também encontrado meu melhor futebol. A lesão no meio do campeonato atrapalhou, mas o mais importante é que veio nosso objetivo, que era o acesso (à Série A)”, afirmou o atacante, que também coloca no saldo o nascimento dos filhos gêmeos Carlos e Kiara, no início do ano. Veja o vídeo abaixo em que ele acompanha os momentos do acesso à Série A.

Dos 38 jogos disputados na Série B, Zé Carlos esteve em campo 30, sempre como titular. Só não jogou mais porque cumpriu suspensões – duas por acúmulo de cartões amarelos e uma por expulsão – e o restante por lesão – incluso quatro jogos, entre a 23ª e 26ª rodada do campeonato, por estiramento na coxa esquerda. Dos 27 gols na competição, foi apenas um de pênalti. Fechou a competição com média de 0,9 gols por jogo. Inferior às outras competições, mas com muito carinho por parte dos torcedores. O Criciúma detém 50% dos direitos econômicos do jogador, que tem contrato até o final do ano que vem. Será novamente a esperança da torcida por gols. Desta vez na Série A do Campeonato Brasileiro.

Matéria: Globoesporte.com

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