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| Atacante Zé Carlos comemora um dos 27 gols que assinalou na Série B do Brasileirão, em 2012. |
Segundo
colocado no prêmio Artilheiro do Ano, atrás apenas de Neymar, e na história da
Série B do Campeonato Brasileiro por pontos corridos pelos 27 gols em uma única
edição. Zé Carlos, ex-Paulista, perdeu apenas para o santista, com 43 gols na
temporada - dois a mais que ele. Um desfecho bem distinto do que se desenhava
ao final das competições que o Criciúma disputou no primeiro semestre. Quando o
clube foi eliminado da Copa do Brasil e terminou o Campeonato Catarinense em
sétimo entre os 10 participantes, Zé Carlos tinha 14 gols marcados e vivia a
incerteza. Havia sido afastado pela direção.
Tinha
de saldo 12 gols pelo Campeonato Catarinense e outros dois pela Copa do Brasil.
Mas logo após o apito final da derrota em casa para o Metropolitano, por 3 a 2,
na 8ª rodada do returno, Zé Carlos disse que haviam jogadores no elenco que
falavam demais e não jogavam. Então companheiro, o goleiro Andrey também
desabafou e foi igualmente afastado. O arqueiro foi embora e o atacante ficou,
já que tem contrato com o Criciúma até o próximo ano.
Naquele
momento, Zé do Gol tinha a média de um gol por jogo. Foram 12 partidas em campo
das 18 do time no Campeonato Catarinense e 12 gols. Na Copa do Brasil, o
Criciúma fez três partidas. Ele jogou duas delas e marcou duas vezes. Porém,
dentro das quatro linhas parecia solitário. Sua atitude era de esperar a bola
chegar e tentar fazê-la encontrar as redes.
Coube
ao técnico Paulo Comelli, contratado para comandar o clube ao acesso, ajudar o
jogador. Zé Carlos pediu desculpas pelos erros, embora não revelados. Mas era
preciso conter os ânimos do atacante e recolocá-lo no novo grupo de atletas que
era formado para a disputa da segunda divisão nacional. Segundo o treinador,
bastava conversar com o jogador, uma vez que o faro de gol parecia estar em
dia.
“O
Zé Carlos tinha atrito quando cheguei aqui. A gente conversou muito com ele e
se tornou outra pessoa. Fez um brilhante campeonato. Ele, juntamento com os
demais jogadores, foram pessoas que se aplicaram e se doaram naquilo que a
gente queria. Isso fez com que a equipe fizesse uma campanha também brilhante”.
Desde
as primeiras rodadas da Série B, Zé Carlos desandou a fazer gols. Um terço dos
27 anotados, foram no primeiro turno. Virou xodó da torcida, até porque fez
também 18 gols somente em partidas disputadas no Heriberto Hülse durante a
segunda divisão.
“Foi
melhor ano da minha vida, disparado. Fico muito contente de ter vestido esta
camisa, de ter dado meu melhor e também encontrado meu melhor futebol. A lesão
no meio do campeonato atrapalhou, mas o mais importante é que veio nosso
objetivo, que era o acesso (à Série A)”, afirmou o atacante, que também coloca
no saldo o nascimento dos filhos gêmeos Carlos e Kiara, no início do ano. Veja
o vídeo abaixo em que ele acompanha os momentos do acesso à Série A.
Dos
38 jogos disputados na Série B, Zé Carlos esteve em campo 30, sempre como
titular. Só não jogou mais porque cumpriu suspensões – duas por acúmulo de
cartões amarelos e uma por expulsão – e o restante por lesão – incluso quatro
jogos, entre a 23ª e 26ª rodada do campeonato, por estiramento na coxa
esquerda. Dos 27 gols na competição, foi apenas um de pênalti. Fechou a
competição com média de 0,9 gols por jogo. Inferior às outras competições, mas
com muito carinho por parte dos torcedores. O Criciúma detém 50% dos direitos
econômicos do jogador, que tem contrato até o final do ano que vem. Será
novamente a esperança da torcida por gols. Desta vez na Série A do Campeonato
Brasileiro.
Matéria:
Globoesporte.com
