Por apenas um voto, um voto mesmo, Valter Galli é o novo
presidente da Liga Jundiaiense de Futebol para o quadriênio 2015/2018. O novo
mandatário tomará posse no dia 23 de dezembro. Valter ganhou com 52% dos votos
(15 a 14 – 29 integrantes de clubes votaram – não foram representante do Grêmio
Marlene e do Londrina) de Sérgio Eduardo Aguiar, o Serginho, em eleição quente
que ocorreu no começo da noite deste sábado, na sede da Liga Jundiaiense de
Futebol, no Anhangabaú.
Galli até o fim deste ano era o vice-presidente da Liga, do
mandato de Antônio de Oliveira, que se encerra no dia 23, após 28 anos no
cargo. O novo vice será Abner Junior, que após a eleição deixou claro que
deixará o cargo de treinador no Amador, por “questão ética”. Mas a eleição foi
quente, principalmente na reta final.
Os primeiros 57
minutos da eleição - Nos primeiros 57 minutos, a eleição corria normalmente.
Na 1ª chamada 25 representantes de 31 clubes estavam na sede da Liga Jundiaiense de Futebol.
O secretário
de Esportes, Cristiano Lopes esteve no local para conferir todo o processo. Podiam
votar apenas os presidentes dos clubes, ou um diretor da equipe, desde que
tivesse em mãos uma carta assinada pelo presidente do clube, autorizando este
diretor a votar pela agremiação.
Às 19h57 chegou o integrante do Treze para votar. Ele registrou
o seu voto, o último da eleição, já na chamada segunda chamada.
Primeira reclamação - Um minuto depois neste
momento que a eleição começou pegar fogo, com Dentinho, presidente da Ponte
Preta em alto e bom som falando “Oito e dois (20h02 queria dizer) e não poderia
se registrar voto”, dizia, em referência, a segunda chamada se encerrar às 20h
(às 19h45, Toninho deixou claro aos dois candidatos que concordaram que
aguardaria a presença de dirigentes de clubes para votar até às 20h). Mas como
registrado por todas as pessoas da imprensa e pelos votantes, o voto do representante
do Treze, conhecido como Juninho, e foi antes das 20h (19h57 pelo relógio nosso). Às 20h foi apresentado
um celular indicando que às 20h tinha chegado e votação encerrada.
Apuração - Na
sequência começou a apuração, cantada por Eduardo Guedes, fiscal da mesa de
eleição (indicado pela chapa de Valter Galli). Contagem que foi apertada, voto
a voto. Serginho começou na frente, mas no segundo voto Valter empatou. 5 a 5.
10 a 10. Mas no antepenúltimo voto, registrou o voto para Valter chegando a 15,
e assim ganhando a eleição, já que Serginho com 12 não poderia mais chegar (os
outros dois votos foram para Serginho). Começou uma pequena festa, logo
abafada, sobre a dúvida se Valter realmente teria ganho ou a eleição teria
terminado em empate, ou até com vitória de Serginho. Foram feitas duas
recontagens, que teram o mesmo placar: 15 a 14, para Valter.
Festa do lado vencedor, com gritos “Agora a Liga é nossa”,
de pessoas que apoiaram a chapa de Valter. O lado derrotado lamentava o revés
dizendo em entrevistas a imprensa que “tinha derrubado a ditadura no dia de
hoje”.
Bate-boca e denúncia
-15 minutos após o encerramento da apuração começou um bate-boca entre
Dentinho, que apoiou a chapa de Valter, e Serginho. Ambos quase chegaram as
vias de fato. Na sequência, Aguiar denunciou que o representante do Treze não
era presidente do clube e por isso não poderia ter votado. Pediu que Antônio de
Oliveira, ainda presidente da Liga Jundiaiense mostrasse o documento comprovando
que aquela pessoa que votou era o presidente do Treze.
Toninho disse que não tinha
o documento, mas que Serginho teria que protocolar uma reclamação por escrito
em até 24 horas, para pedir a anulação do pleito. Aguiar continuou falando
alto, mas depois se retirou prometendo que deverá protocolar a sua reclamação
neste domingo. Mas o fato é, que Valter Galli, neste sábado foi eleito
presidente da Liga, por apenas um voto de vantagem.
Thiago Batista –
Esporte Jundiaí












