Curiosidade, criatividade e animação foram os ingredientes
para dar início a um projeto esportivo bem diferente na CEMEB João Aprillanti.
Futebol americano, uma modalidade pouco conhecida no Brasil, mas que vem
conquistando os alunos.
O professor de educação física Fabiano Mantovani é um dos
idealizadores do projeto e conta que a ideia surgiu da curiosidade das crianças
sobre o assunto. “Todo início de ano pensamos em trazer algo diferente para as
aulas e o interesse de alguns alunos pelo esporte foi o que gerou o projeto”.
O interesse dos alunos pelo futebol jogado com as mãos
surgiu por causa dos jogos transmitidos pela TV, e para tirar as dúvidas com
relação ao esporte eles iniciaram pesquisas e assim, contagiaram outros alunos.
Textos, atividades e desenhos deram origem a um painel que mostra a paixão da
garotada pelo assunto.
Depois disso mobilizaram a escola para a compra de uma bola
oval (oficial da modalidade) e canos de PVC para a montagem de duas traves, que
tem como base, pneus cheios de cimento. Com os materiais prontos eles transformaram
uma área gramada da escola em campo e puderam colocar em prática as regras que
aprenderam com as pesquisas.
Fabiano conta que as regras do esporte foram adaptadas com
as sugestões das crianças. “Estudamos as regras do futebol americano profissional,
mas fizemos as adaptações para jogarmos na escola”. Segundo ele houve um
envolvimento de toda a escola e os alunos do 1º ao 5º participam de atividades
com a bola oval. “As atividades são direcionadas de acordo com a faixa etária”.
Filipe Pires, também professor de educação física da escola
conta que está sendo muito bom ver o envolvimento das crianças com o projeto.
“Eles estão eufóricos. Nunca vi uma turma tão entusiasmada com um projeto”.
Filipe conta que o jogo tem proporcionado o gosto pela prática
de atividade física e mais que isso, tornou-se uma atividade inclusiva. “Eles
compreendem a importância de cada integrante e que o time precisa de todos,
cada um fazendo sua função”. Segundo ele o futebol americano traz para as
crianças a necessidade de trabalhar em equipe, o respeito aos limites, a
concentração e a elaboração de estratégias.
O aluno Ricardo Henrique Nascimento, de 10 anos, conta que
já assistia aos jogos pela TV e sempre teve vontade de jogar. “Agora posso
jogar com meus amigos e aprender as regras”. Já Mariana Melo que já praticou
vários esportes acha que a parte mais interessante é que o futebol americano é
um jogo bem diferente e que valoriza a equipe. “Temos que pensar juntos para
fazer as estratégias do time”.
O esporte não tem sido tema somente das aulas de educação
física. O professor de filosofia Jucélio Galdino também abraçou o projeto desde
o início e aproveitou o interesse das
crianças pelo esporte para trabalhar a parte social, o que
tem ajudado na convivência. “O esporte trabalha com a importância da equipe e a
solidariedade, além de princípios e valores. Trazemos esses conceitos para as
conversas em sala”. Ele acredita que todo esse trabalho tem reforçado o
respeito e a colaboração entre as crianças.
Como é um esporte com origem nos Estados Unidos, usa muitos
termos e expressões em inglês. Isso aumentou o interesse dos alunos pela língua
estrangeira e o envolvimento do professor de inglês da escola com o projeto.
O interesse das crianças pelo esporte foi contemplado em
março por convites para assistir o jogo profissional entre Jundiaí Ocelots e
Corinthians Steamrollers, que foi realizado pela Super Copa São Paulo de futebol
americano. 14 alunos puderam ir com os pais assistir ao jogo no ginásio Romão
de Souza, em Jundiaí e trazer para os colegas mais informações sobre o esporte.
As crianças agora aguardam ansiosas a visita dos jogadores do time Jundiaí
Ocelots à escola.
Site da Prefeitura de
Várzea Paulista