Por
Guilherme Barros - jornalista
Lá pela ponta esquerda da grande área, Joel conseguiu cruzar
na medida. Biazotto, de peixinho (aquele
mergulho de cabeça na bola), mandou pra rede. Foi ali., naquele lance que
garantiu a vitória – e o título frente ao Cruzeiro-, que encontrei meu primeiro
amor. Aos oito anos, me apaixonei pelo futebol.
Naquele dez de dezembro de 1998, a Ponte São João parou. Uma
sede em final de construção e uma festa popular. Não titubeio ao dizer que ali
havia mais de 500 simpatizantes. O feito repetiu-se nas conquistas posteriores,
na década de 2000. Mas aquele gosto, 27 anos depois do jejum, jamais será
apreciado.
O Estrela, impulsionado pelos inúmeros passeios de meu pai,
que me levava aos jogos, determinou minha vida. A paixão pelo jornalismo
esportivo, o prazer de conhecer
profundamente o ambiente do futebol.
Agora quem dirige o carro sou eu. E estarei lá para quem
sabe ver mais taça para o Estrela. Desta vez, de longe, levar meu pai.