Com um 4º período arrasador, Ocelots faturam a Taça Nove de Julho - 2016

18/12/2016 - 19:32

O Paulista Ocelots precisou sofrer o empate do Underdogs para mostrar toda a sua qualidade tanto do seu time de defesa como também do ataque para conquistar o título da Taça Nove de Julho de futebol americano de forma invicta – ou seja com 100% de aproveitamento. Os 12 minutos finais do time jundiaiense no Romão de Souza, ou seja, um 4º período de gala, foram um exemplo de como uma equipe da modalidade deve jogar: com bastante intensidade, ou traduzindo para a linguagem popular do esporte, ‘passar o trator’.  No fim, os Ocelots ganharam o jogo por 33 a 21.

A partida teve o Underdogs com a primeira campanha, mas optando por um jogo corrido teve dificuldades e após 3 jogadas já teve que optar pelo punt. Os Ocelots ficaram com a bola, e chegaram a linha de 30 jardas de ataque, mas após 3 tentativas de conquistar o first down, optou-se pelo chute. O kicker Guilherme Zaparolli na tentativa de 46 jardas, chutou a bola a esquerda do gol, e o placar se manteve zerado.

Na campanha seguinte, o Underdogs começou a 45 jardas da end zone, mas não contava com o empenho de Fábio Rossini que forçou o fumble e deixou os Ocelots numa ótima posição de campo. No lance, Rossini sofreu uma torção no tornozelo e não voltou mais no jogo. Alterando jogo corrido com passes aéreos, o quarterback Derão fez ótima conexão na esquerda para Felício que teve uma avenida para correr e anotar o primeiro TD dos Ocelots: 6 a 0, aos 7 minutos (Zaparolli errou o extra-point)

O time da capital paulista não conseguia passar do seu campo de defesa quando tinha a bola, e sempre entregou a bola para os Ocelots em punts no 2º período. E logo aos 5 minutos, Derão em vez de lançar preferiu correr com as suas próprias pernas por 40 jardas, cortando do meio para a direita e chegando a end-zone. Segundo TD jundiaiense, que com extra-point convertido de Zaparolli chegou a 13 a 0.

O placar poderia ter sido ampliado no fim do primeiro tempo, quando os Ocelots chegaram a menos de dez jardas do gol, e tentaram o touchdown, mas não conseguiram derrubar a parede do Underdogs, e quando poderiam tentar um field goal, o cronometro havia estourado.

O terceiro quarto começou com Underdogs com outra postura; conseguiu avançar do seu campo de defesa para o ataque. E a defesa dos Ocelots que teve ótima atuação no primeiro tempo não conseguiu frear o ataque rival. Logo aos 3 minutos, em uma corrida pela direita, de mais de 60 jardas, Princess anotou o primeiro TD da equipe de São Paulo: 13 a 6. No extra-point, foram duas tentativas de Milts de acertar o chute, mas em ambas foi bloqueado (a primeira foi considerada ilegal, por falta cometida pelos Ocelots).

Na sequência, o time jundiaiense teve três tentativas e tentou optar pelo punt. Mas na hora de jogar a bola para longe, deu tudo errado e o punter Zaparolli foi sacado ainda no seu campo de ataque. O próximo lance ofensivo dos Underdogs começou na linha de 20 jardas de ataque. Em duas jogadas o time chegou a linha de 5 jardas de ataque e três lances depois o time anotou o touchdown com Eloir: 13 a 12 ainda para os Ocelots. Novamente no extra-point um drama. Faltas cometidas pelas duas equipes, fizeram o chute ser repetido três vezes, até Milts acertar e empatar o jogo.

O que era para se tornar uma verdadeiro jogo de xadrez longo e demorado, teve o Paulista dando o xeque-mate de forma rápida no período final. Logo aos 4 minutos, numa conexão de 20 jardas de Derão para Felício, o time anotou mais um TD. Foi o 2º de Felício no jogo. 20 a 13, já que Zaparolli acertou o extra-point.

Dois minutos depois, o time jundiaiense roubou a bola do rival no seu campo de ataque e três jogadas depois, numa corrida de 3 jardas de Resende, aos 7 minutos, deixou o placar 26 a 13. Os Ocelots tentaram uma conversão de 2 pontos que não foi bem sucedida.

Na sequência, novo fumble do Underdogs, desta vez forçado por Maciel. O Paulista agradeceu e numa corrida de 20 jardas de Gutinho, anotaram o seu 5º TD no jogo, deixando o placar em 33 a 13 (Zaparolli acertou o extra-point). No fim, nem mesmo o touchdown de VH com a conversão de dois pontos bem sucedida do time, foram suficientes para tirar a festa do primeiro título em casa dos Ocelots. Ao apito final da árbitra Natália Moraes, e a confirmação da vitória por 33 a 21, os jogadores do time jundiaiense não seguraram a emoção da conquista diante de amigos, familiares e fanáticos pela equipe.


Thiago Batista, direto do Romão de Souza - Fotos: Thiago Batista

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