O Paulista Ocelots precisou sofrer o empate do Underdogs para
mostrar toda a sua qualidade tanto do seu time de defesa como também do ataque
para conquistar o título da Taça Nove de Julho de futebol americano de forma
invicta – ou seja com 100% de aproveitamento. Os 12 minutos finais do time
jundiaiense no Romão de Souza, ou seja, um 4º período de gala, foram um exemplo
de como uma equipe da modalidade deve jogar: com bastante intensidade, ou
traduzindo para a linguagem popular do esporte, ‘passar o trator’. No fim, os Ocelots ganharam o jogo por 33 a
21.
A partida teve o Underdogs com a primeira campanha, mas
optando por um jogo corrido teve dificuldades e após 3 jogadas já teve que
optar pelo punt. Os Ocelots ficaram com a bola, e chegaram a linha de 30 jardas
de ataque, mas após 3 tentativas de conquistar o first down, optou-se pelo
chute. O kicker Guilherme Zaparolli na tentativa de 46 jardas, chutou a bola a
esquerda do gol, e o placar se manteve zerado.
Na campanha seguinte, o Underdogs começou a 45 jardas da end
zone, mas não contava com o empenho de Fábio Rossini que forçou o fumble e
deixou os Ocelots numa ótima posição de campo. No lance, Rossini sofreu uma
torção no tornozelo e não voltou mais no jogo. Alterando jogo corrido com
passes aéreos, o quarterback Derão fez ótima conexão na esquerda para Felício
que teve uma avenida para correr e anotar o primeiro TD dos Ocelots: 6 a 0, aos
7 minutos (Zaparolli errou o extra-point)
O time da capital paulista não conseguia passar do seu campo
de defesa quando tinha a bola, e sempre entregou a bola para os Ocelots em
punts no 2º período. E logo aos 5 minutos, Derão em vez de lançar preferiu
correr com as suas próprias pernas por 40 jardas, cortando do meio para a
direita e chegando a end-zone. Segundo TD jundiaiense, que com extra-point
convertido de Zaparolli chegou a 13 a 0.
O placar poderia ter sido ampliado no fim do primeiro tempo,
quando os Ocelots chegaram a menos de dez jardas do gol, e tentaram o
touchdown, mas não conseguiram derrubar a parede do Underdogs, e quando
poderiam tentar um field goal, o cronometro havia estourado.
O terceiro quarto começou com Underdogs com outra postura;
conseguiu avançar do seu campo de defesa para o ataque. E a defesa dos Ocelots
que teve ótima atuação no primeiro tempo não conseguiu frear o ataque rival.
Logo aos 3 minutos, em uma corrida pela direita, de mais de 60 jardas, Princess
anotou o primeiro TD da equipe de São Paulo: 13 a 6. No extra-point, foram duas
tentativas de Milts de acertar o chute, mas em ambas foi bloqueado (a primeira
foi considerada ilegal, por falta cometida pelos Ocelots).
Na sequência, o time jundiaiense teve três tentativas e
tentou optar pelo punt. Mas na hora de jogar a bola para longe, deu tudo errado
e o punter Zaparolli foi sacado ainda no seu campo de ataque. O próximo lance
ofensivo dos Underdogs começou na linha de 20 jardas de ataque. Em duas jogadas
o time chegou a linha de 5 jardas de ataque e três lances depois o time anotou
o touchdown com Eloir: 13 a 12 ainda para os Ocelots. Novamente no extra-point
um drama. Faltas cometidas pelas duas equipes, fizeram o chute ser repetido
três vezes, até Milts acertar e empatar o jogo.
O que era para se tornar uma verdadeiro jogo de xadrez longo
e demorado, teve o Paulista dando o xeque-mate de forma rápida no período
final. Logo aos 4 minutos, numa conexão de 20 jardas de Derão para Felício, o
time anotou mais um TD. Foi o 2º de Felício no jogo. 20 a 13, já que Zaparolli acertou
o extra-point.
Dois minutos depois, o time jundiaiense roubou a bola do
rival no seu campo de ataque e três jogadas depois, numa corrida de 3 jardas de
Resende, aos 7 minutos, deixou o placar 26 a 13. Os Ocelots tentaram uma
conversão de 2 pontos que não foi bem sucedida.
Na sequência, novo fumble do Underdogs, desta vez forçado
por Maciel. O Paulista agradeceu e numa corrida de 20 jardas de Gutinho,
anotaram o seu 5º TD no jogo, deixando o placar em 33 a 13 (Zaparolli acertou o
extra-point). No fim, nem mesmo o touchdown de VH com a conversão de dois
pontos bem sucedida do time, foram suficientes para tirar a festa do primeiro
título em casa dos Ocelots. Ao apito final da árbitra Natália Moraes, e a
confirmação da vitória por 33 a 21, os jogadores do time jundiaiense não
seguraram a emoção da conquista diante de amigos, familiares e fanáticos pela
equipe.
Thiago Batista, direto do Romão de Souza - Fotos: Thiago Batista