O treinador Vagner Mancini, grande comandante da conquista
do Paulista na Copa do Brasil em 2005, lançou nesta quinta-feira, no Beja Pizza
Bar, no Paineiras Shopping, o livro Eterna Conquista, relevante ao título do
Galo na época. Torcedores, ex-funcionários e jornalistas acompanharam a tarde
de lançamento e autógrafos. O evento foi organizado pelo Jornal de Jundiaí, que
está lançando a obra. Mancini conversou com a imprensa sobre a conquista de 11
anos atrás e também do seu atual trabalho, a Chapecoense.
Sobre lançar o livro
- Sonho já está feito há 11 anos e hoje tem a felicidade de
lançar o livro e poder abrir um pouco da história e do que foram aqueles
momentos, bastidores e pessoas que trabalharam no nosso time e foi escrito uma
história bacana. Naquele momento foi algo tão marcante em nossas vidas que não
deixei de registrar. Sempre depois dos jogos fazia um resumo, não só por causa
do livro, mas do que a gente viria enfrentar mais à frente. Isso acabou sendo
material valioso e ao longo dos 6 meses de disputa tinha muita coisa anotada e
ajudou muito
Algum jogo especial
da conquista de 2005
- Foram 12 jogos inesqueciveis. Mas tivemos jogos memoráveis,
como a final que sempre será lembrado por todos, mas houve um momento contra o
Inter, nosso time vinha perdendo a vaga e perto do fim do jogo o Juliano, que
estreava no clube naquele jogo, fez o gol e foi um jogo que foi um divisor de
águas. Outra partida importante foi contra o Cruzeiro na semifinal, quando perdíamos
de 3-0, e a equipe chegou abatida no vestiário, e tentamos de todas as formas,
com nossas armas, a equipe voltar melhor na partida e o Cristian marcou aqueles
dois gols de falta e conseguimos a vaga na decisão. O livro do Paulista acabou
abrindo uma fase, e espero agora na Chapecoense ir anotando tudo e quem sabe
daqui a pouco lançar uma boa história
Convite de dirigir a
Chapecoense
- O dia que me ligaram, surgiu convite, não entendi como um
trabalho e sim como missão. Pois além da parte técnica e tatica dentro de
campo, montar um time competitivo, há também o lado humano, e a gente tem que
ajudar a reconstruir toda uma estrutura e uma imagem. Não é apenas montar um
time e fazer jogar, tem tudo mais coisa envolvida.
O grupo da Chape na
Libertadores
- Temos no grupo dois times difíceis. Nacional sempre força na
América e venceu o Campeonato Uruguaio. Lnus sempre faz boas campanhas e é o
atual campeão argentino. E o Zuliá, é uma incognita, mas o futebol da Venezuela
vem evoluindo, mas é Libertadores e o Paulista jogou em 2006 e sabemos das
dificuldades. Quando o Galo disputou a gente teve que montar um time que havia
sido desfeito no ano anterior, um time novo, como a Chapecoense terá uma equipe
nova.
Homenagens a
Chapecoense no sorteio da Libertadores
- Foi muito emocionante, gratificante, as homenagens tocam a
nos, todos aplaudindo a todo momento. Homenagem simples, mas faz a gente sempre
lembrar dos amigos que estavam. E nestas horas a gente pensa que poderia ser o
avião com qualquer time e isso nos toca.
Experiência em montar
novos elencos
- Não tenha dúvida que vai servir em algumas coisas a
experiência de montar novos elencos no Paulista. Eu tive a felicidade de ganhar
a Libertadores como jogador pelo Grêmio em 1995, e usei isso naquela fase do
Paulista. Na Chapecoense irei usar não apenas a experiência que tive como
treinador, mas também o que passei no Paulista.
Livro sendo lançado
10 anos depois da conquista
- Este livro está pronto há 10 anos. Demoro para sair por dois
motivos: quando sai do Paulista fui para o mundo árabe, e deixei pronto para
ser editado e não fui. Depois quando voltei comecei a dirigir times no país.
Mas não queria fazer nada separado do Paulista, pois faz parte da história.
Passou-se o tempo iriamos fazer o lançamento ano passado, mas este ano tomei a
decisão com o pessoal do Jornal de Jundiaí fazer o lançamento.
Momento atual do Galo
- Lamento muito. O Paulista na época que sai estava na Série B
do Brasileiro e na Série A1 do Paulistão e jogava bem. Espero retornar, e
muitas equipes passaram por isso e conseguiram retornaram tempos depois e
espero que o Paulista possa conseguir isso.
Thiago Batista – Esporte Jundiaí