19 anos de uma campanha impecável do Galo: campeão (com sobras) da Série A2 - Esporte Paulista 19 anos de uma campanha impecável do Galo: campeão (com sobras) da Série A2

19 anos de uma campanha impecável do Galo: campeão (com sobras) da Série A2



Em 30 de junho de 2001, Jundiaí parou para receber um time que já entrava na história da cidade. Só que para conquistar estar completa, que tal uma vitória diante da sua torcida e certeza matemática de levantar o título de campeão da Série A2 do Paulistão, na época o troféu mais desejado pelos times do interior, já que a reta final da competição tinha cobertura de emissoras de televisão ao vivo e também das principais emissoras de rádio da cidade de São Paulo. Naquele dia, o Paulista, então chamado Etti Jundiaí venceu a Paraguaçuense por 2 a 1, e de forma oficial conquistou o título, que somente seria perdido se uma combinação catastrófica de resultados ocorresse.

Comandado pelo técnico Giba após a 5ª das 30 rodadas da competição de pontos corridos, o Galo derrotou a Paraguaçuense com dois belos gols marcos por Fábio Gomes e Marcinho, fizeram por duas vezes explodir a apaixonada torcida jundiaiense ainda no primeiro tempo.

O jogo terminou um pouco antes dos acréscimos devido a emoção do torcedor do Galo que queria comemorar com os seus ídolos dentro de campo e “invadiu” no lado bom o campo do Jayme Cintra para fazer a festa e ver de perto o troféu. 14.196 torcedores viram o belo troféu da Série A2 ser erguido pelo capitão Mancini, que suspenso pelo terceiro cartão amarelo, não jogou a partida e acompanhou a partida nas cadeiras numeradas do estádio – junto com Zinho, atacante que fez muito sucesso na sua passagem pelo Tricolor.

O time somente engrenou na competição após a 4ª rodada, quando trocou Luiz Carlos Ferreira por Giba. A competição tinha uma curiosidade que os jogos que terminassem empatados por 0 a 0, apenas o time vencedor na disputa de pênaltis, somava um ponto. Os jogos que terminassem em igualdade com gols, cada time somava um ponto, e mais um ponto extra era disputado nos pênaltis.

Foram cinco empates com gols e um sem gols e o Tricolor venceu todas as disputas de penalidades naquela Série A2. Só que o time sobrou no campeonato. Nos outros 24 jogos, foram apenas seis derrotas e 18 vitórias. O time teve o melhor ataque daquela Série A2 com 62 gols marcados e 30 gols sofridos. O campeonato era disputado no sistema de pontos corridos (30 rodadas, pois eram 16 times se enfrentando em dois turnos)

Só que foi uma competição acirrada, já que Santo André, Juventus e Ituano conseguiram perseguir de perto o Galo. Só que o acesso Tricolor veio na penúltima rodada, após uma derrota do Juventus para o Olímpia – no dia anterior (22 de junho), o Paulista havia perdido para o Nacional.

O dia do título
O título matematicamente somente viria se o Galo empatasse com a Paraguaçuense. O Paulista poderia não ser campeão da Série A2 se perdesse de 7 a 0 do time de Paraguaçu Paulista e o Santo André vencesse o Juventus (no que foi o confronto direto pela 2ª vaga de acesso até então) por qualquer placar. Se ocorresse até a improvável goleada do Santo André sobre o Juventus por 7 a 0, o Paulista nem poderia perder do Paraguaçuense.

Só que os craques comandados por Giba não deram sopa para o azar e entraram no clima de festa no Jayme Cintra que tomou conta duas horas antes do jogo – animadoras de torcidas estavam presentes e todos presentes exibiam com orgulho e antecipação a faixa de campeão da A2.

Marcinho aos 19 minutos de jogo marcou o primeiro belo gol. Nove minutos depois Fábio Gomes marcou outro golaço. Nem o tento de Marcelo França, aos 12 minutos do segundo tempo para o Paraguaçuense estragou a festa e o título do Tricolor como campeão da Série A2 de 2001.

O Paulista campeão da Série A2, naquele jogou entrou em campo com Artur (depois Buzzetto – em forma de homenagem); Dedimar, Jairo (Cláudio), Ânderson e Julinho; Luís Carlos Goiano, Fábio Gomes (Nenê), Lauro e Marcinho; Izaías e Jean Carlos. O capitão do time era Vagner Mancini que não atuou neste jogo por estar suspenso. Zinho era um dos principais nomes no ataque. O elenco ainda tinha Fábio Vidal, Nenê, Thiago Martinelli e Umberto Louzer.

Curiosidade
Este jogo foi o último da carreira como árbitro de Oscar Roberto Gódoi, que foi um dos principais nomes do quadro paulista nos anos 1990 e 2000. Ele que chegou a ganhar o distintivo da FIFA, disse em uma entrevista na TV Gazeta, que neste jogo tentou de tudo de marcar um gol para Paraguaçuense, para ter na carreira um gol marcado – só que ele mesmo diz que não conseguiu.

Por Thiago Batista /// Foto: Divulgação

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