O Japão disse nesta quinta-feira (8) que no momento não cogita priorizar
vacinas contra covid-19 aos atletas olímpicos, refutando uma reportagem que
provocou furor nas redes sociais, já que as imunizações do país está atrás das
de outras grandes economias.
Só um milhão de pessoas já recebeu a primeira dose da vacina da Pfizer
desde janeiro em uma população de 126 milhões de habitantes, e os idosos mais
vulneráveis só começam a ser imunizados na semana que vem.
As novas infecções dispararam antes da Olimpíada, que deve começar em
julho. Tóquio registrou 545 casos novos nesta quinta (8), e sua governadora
disse que pedirá ao governo central que imponha medidas de emergência na região
da capital.
Segundo uma reportagem da agência de notícias Kyodo que cita autoridades
governamentais, o Japão começou a estudar a possibilidade de garantir a
vacinação de todos seus atletas olímpicos e paralímpicos até o final de junho.
Embora o governo diga que realizará a Olimpíada tal como planejada a
partir de 23 de julho, a vasta maioria dos japoneses quer que os Jogos sejam
cancelados ou adiados novamente.
A revolta nas redes sociais continuou mesmo depois de o secretário-chefe
de gabinete, Katsunobu Kato, negar a reportagem e dizer que o governo não está
cogitando priorizar os atletas.
Outros destacaram que o plano original do Japão prioriza os
profissionais da saúde, os idosos e os portadores de problemas crônicos, e os
cidadãos comuns dificilmente serão vacinados antes do verão.
Recentemente, vários eventos-teste de alguns esportes foram cancelados ou adiados devido a preocupações com a pandemia.