O papo aqui vai ser direto e reto. Discussão para mim “inútil” e bem
idiota para escrever de verdade que ocorreu no fim da noite de quinta-feira,
madrugada desta sexta-feira, sobre o “vexame” do Palmeiras no Campeonato Paulista.
Tem gente, sem analisar contexto, qualificando assim. Desculpa, vexame, sem
aspas, é outro time paulistano que está dando.
Vexame para mim é de 6 pontos por disputar ganhar apenas 1 e empatar com
lanterna do Paraguaio e tomar gol de joelho do time rival na sua casa. E sem
esboçar um mínimo de força nos dois jogos internacionais de buscar um melhor
resultado. O que o Corinthians faz na Copa Sul-Americana se chama VEXAME. Vou soletrar
e repetir: V-E-X-A-M-E. E quando começou a Sul-Americana, o time alvinegro tem
no máximo dois jogos na mesma semana.
Agora o time que na classificação geral está em 7º lugar com 12 pontos e
com a pontuação que possui hoje, se fizesse parte de outro grupo, que não fosse
o grupo C, estaria classificado, é "vexame"? Jogando três vezes na
semana – menos de 48 horas de descanso. Isso é vexame mesmo? Sério mesmo? Time
que na Copa Libertadores, que é o torneio que interessa meteu 5 a 0 em um dos
seus principais rivais por classificação.
Agora provoco: você ainda seria “sem vergonha” e teria a “maldade” de
escrever "vexame" se o Palmeiras, ou Corinthians, ou Santos, ou São
Paulo, fosse eliminado por esse estúpido regulamento se vencesse os 12 jogos que
tem por disputar na 1ª fase, ganhando todos por 1 a 0, e mesmo assim acabar
sendo eliminado, só porque Novorizontino e Bragantino venceram 11 dos seus
jogos por 1 a 0 e uma partida por 2 a 0. Lembrete: Os times da mesma chave não
se enfrentam na 1ª fase. Você ainda escreveria: “VEXAME” ou “vexame”.
VEXAME mesmo é a gente perder tempo com esse lixo que se chama
Campeonato Paulista, que eu chamo nas conversas com amigos de Paulistinha. Ou
como pontua muito bem Victor Birner, na Espn Brasil: TAÇA DE GELO, pois na
semana seguinte ela se derrete se seu time perder por 1 a 0 em jogo seja do
Brasileirão, Libertadores, Sul-Americana ou Copa do Brasil, torneios que
realmente valem.
Thiago Batista é jornalista e editor-responsável pelo Esporte Jundiaí. Trabalha desde 2006 na área, com passagens no Lance (Caderno do Interior – cobrindo o Paulista), Agência Bom Dia, Jornal da Cidade e Jornal de Jundiaí, Rádio Cidade Jundiaí, Rádio Difusora Jundiaí, TV Japi e TVE Jundiaí.