Um dos
desejos da família de Pelé pode ser atendido. Momentos após o falecimento, na
quinta-feira, os familiares pediram pela imortalização da camisa 10 do Santos,
reconhecida mundialmente como o número do Rei do Futebol, para que nenhum jogador
a use novamente. E o Santos, através da sua direção, suspendeu o uso deste
número no Peixe, que neste momento, está para Soteldo. E pode ser uma decisão
eterna. Mas que pode ser contra uma opinião do próprio Pelé.
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Em
entrevista ao canal do Bolívia, no Youtube, Pelé em poucas palavras expressou
bem categoricamente porque é contra aposentar o número que ele mesmo consagrou.
“Melhor deixar
a 10, pois talvez o pessoal nunca mais vai esquecer”, disse Pelé na entrevista.
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Após tomar
conhecimento deste pedido da família, Andrés Rueda, atual presidente do Santos,
veio a público informar que o uso do número 10 na temporada 2023 está suspenso
até que o conselho deliberativo do clube tomar uma decisão sobre o processo
para a imortalização da camisa.
“Particularmente, sempre fui favorável, acho uma excelente homenagem. Mas por que não colocamos isso antes? A opinião do sócio é dividida, alguns querem a aposentadoria e outros querem a lembrança do Pelé jogando com o time. Agora, com esse entendimento da família, vamos propor a aposentadoria ao Conselho. Isso tem trâmite burocrático, com reunião do Conselho, mas como ato administrativo, não utilizaremos mais a camisa 10 a partir de janeiro e esperamos a decisão definitiva do nosso Conselho”, afirmou em entrevista ao Jornal Bandnews FM.
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Apesar da
vontade do presidente do Santos, o processo para imortalizar a camisa 10 do
Santos pode levar algum tempo.
De acordo
com o dirigente, parte dos conselheiros entende que uma forma de homenagear o
Rei do Futebol seria seguir usando a numeração de maneira oficial nas partidas.
“Muitos
conselheiros acreditavam que a homenagem era justamente a camisa 10 do Pelé
estar com o time. Vamos levar o assunto ao conselho, mas nós, em medida
administrativa, não utilizaremos a camisa 10 até a definição do conselho”,
contou.
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A numeração
no futebol foi implantada em 1939. Na época, as camisas seguiam o modelo de
jogo das equipes.
O número 1
era para o goleiro. Os números 2, 3 e 4 para atletas de defesa. As camisas 5, 6
e 7 para os atletas do meio-campo, enquanto do 8 até 11 para os atacantes.
Em 1956, ao
substituir Vasconcelos, então dono da camisa 10 do Santos, Pelé transformou a
simbologia do número.
Ele, que
atuava com a 8 anteriormente, vestiu a 10. E nunca mais quis saber de outro
número.
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Pelé atuou
no Brasil, em clubes, apenas com a camisa do Santos entre 1956 e 1974. Fora do
país, o Rei do Futebol atuou pelo Cosmos, dos Estados Unidos, equipe em que
encerrou sua carreira como atleta profissional.
Além dos
clubes, ele conquistou as Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970 com a seleção
brasileira.
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