A delegada
da Polícia Cívil, Ivalda Aleixo confirmou que o torcedor do São Paulo, que era
surdo, Rafael dos Santos Tercilio Garcia, de 32 anos, morreu por ter sido
atingido na cabeça por uma "bean bag", um tipo de munição utilizada
pela Polícia Militar em substituição às balas de borrachas. Ele foi morto no
domingo, nas imediações do Morumbi, durante a festa da torcida do Tricolor ao
título da Copa do Brasil.
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“Foi um tiro
certo e a curta distância”, disse a delegada a Folha de São Paulo. Ao ser
atingido, conforme um documento assinado por um médico legista, Garcia estava
com um boné na cabeça, que foi perfurado.
A causa da
morte foi um traumatismo crânio-encefálico e um laudo preliminar confirmou que
ele foi atingido pela bean bag, segundo a chefe do DHPP (Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa). Rafael dos Santos Garcia chegou a ser levado
ao hospital municipal do Campo Limpo para atendimentos, mas acabou não resistindo.
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A bean bag é
um tipo de saco que encobre diversas esferas de metal. Uma imagem do caso
mostra sacola semelhante a essa munição, cheia de sangue e com as esferas de
metal dentro. O objeto estava em um saco plástico transparente, como se
estivesse sendo preservado para perícia.
A Polícia
Civil agora investiga de onde partiu o disparo e quem foi o autor. Segundo
Ivalda, foram coletados outras três munições do tipo bean bag nos arredores do
estádio, além de pedaços de madeira e garrafas de vidro.
Investigadores
devem procurar registros do disparo nas imagens de câmeras de segurança, e
compará-las com imagens feitas com drones da polícia na última terça-feira. A
primeira testemunha a ser ouvida será a mãe da vítima.
A delegada
quer entender qual era o nível de surdez e de autonomia de Garcia, e se ele
costumava ir a estádios e a eventos sozinho, por exemplo.
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Um inquérito
policial militar foi aberto pela PM para investigar o caso. Em nota diz que apura
rigorosamente toda a ação ocorrida no último domingo. “Qualquer excesso por
parte dos policiais que eventualmente seja identificado, será devidamente
investigado e responsabilizado”, disse a Secretaria de Segurança Pública.
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