Ednaldo Rodrigues não é mais presidente da CBF, decide Justiça Comum - Esporte Paulista Esporte Paulista: Ednaldo Rodrigues não é mais presidente da CBF, decide Justiça Comum

Ednaldo Rodrigues não é mais presidente da CBF, decide Justiça Comum

07/12/2023 - 14:46

Ednaldo Rodrigues não é mais presidente da CBF. Uma decisão foi tomada nesta quinta-feira pelos desembargadores da 21a Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os magistrados determinaram ainda que o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, assuma a CBF pelo prazo de 30 dias para que conduza uma nova eleição.

O entendimento dos desembargadores, o Termo de Acordo de Contuda (TAC) assinado entre o Ministério Público e a CBF, ilegal pelo órgão não ter legitimidade para se interferir nos assuntos internos da Confederação por se tratar de uma entidade privada.

A decisão foi unânime (3 a 0) e Ednaldo Rodrigues e a CBF irão recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ednaldo acionou Fifa e Conmebol - pedindo que as entidades reforcem a possibilidade de sanções em caso de mudanças na confederação por ordem da Justiça Comum. Recebeu cartas que reforçam essa hipótese.

Ednaldo Rodrigues é natural de Vitória da Conquista, na Bahia, e tem 69 anos. Começou no futebol como jogador de um clube amador na sua cidade natal, nas décadas de 70 e 80. Em seguida, presidiu a Liga Conquistense de Desportes Terrestres.

Já em 1992, Ednaldo chegou à Federação Bahiana de Futebol como Diretor do Departamento do Interior, cargo que ocupou até ser eleito presidente da entidade no ano 2000. Ele presidiu a FBF entre 2001 e 2018, quando foi eleito vice-presidente da CBF. Foi presidente interino da CBF entre 2021 e 2022. Em 23 de março de 2022, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol. E agora deixa o cargo.

Em março de 2022, Ednaldo Rodrigues e o Ministério Público do Rio de Janeiro assinaram um TAC que estabelecia novas regras eleitorais e, em teoria, deveria extinguir a ação que chegou a resultar numa intervenção na CBF

Sob essas novas regras, Ednaldo Rodrigues se elegeu presidente da CBF como candidato único em 2022 para um mandato de quatro anos. Mas houve vice-presidentes da CBF que, na época, contestaram a assinatura do acordo com o MP.

A alegação – contestada pela CBF – é que Ednaldo não poderia assinar o TAC porque era o presidente interino e poderia se beneficiar de tal acordo para se candidatar em seguida. Os vice-presidentes também reclamam que, com o TAC, perderam um ano de mandato. Essas alegações serão julgadas nesta quarta-feira no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

A oposição a Ednaldo Rodrigues acusa que através do Programa de Apoio às Federações estaduais de futebol, Ednaldo destinou até novembro uma verba extra de R$ 2,059 milhões à Federação Baiana de Futebol (fora os 11 repasses obrigatórios de R$ 110 mil mensais a que todas as entidades estaduais têm direito).

É quase o dobro do que foi direcionado a quatro federações que vem a seguir na lista de beneficiadas. Além disso, seis federações nada receberam. Além de ter sido presidente da Federação Baiana, Ednaldo é também concunhado do seu sucessor, Ricardo Lima.

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