Se em 2002, Robinho pode pedalar à vontade no Morumbi rumo ao título brasileiro com o Santos, 22 anos depois não conseguiu pedalar e convencer os juízes do STJ que ele não era um condenado, um estuprador – pior terá que ser preso e cumprir pena no Brasil na decisão da maioria dos ministros do segundo órgão mais importante do judiciário brasileiro.
Por nove votos a dois, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que Robinho, condenado por estupro na Itália, deve cumprir pena no Brasil.
A Corte Especial do STJ – formada pelos ministros mais antigos do tribunal – também determinou que Robinho deve ser preso imediatamente, em decisão que deve ser cumprida pela Justiça Federal de Santos, onde Robinho mora. Robinho deverá ser preso em até 48 horas (até sexta-feira). Nos últmos meses, Robinho está em Santos, onde possui residência.
A defesa do ex-jogador vai apelar da decisão em duas instâncias: ao próprio STJ e também ao Supremo Tribunal Federal.
Ao mesmo tempo, os advogados de Robinho vão apresentar um pedido de habeas corpus para evitar sua prisão imediata. O pedido é que ele possa aguardar o julgamento dos recursos em liberdade.
Robinho foi condenado a nove anos de prisão pela Justiça da Itália, por um crime de estupro ocorrido em 2013. Quando houve a decisão em última instância, em janeiro de 2022, Robinho já estava no Brasil. Como o país não extradita seus cidadãos, a Itália pediu o cumprimento da pena em território brasileiro.