Estádio vai sair... Prefeito bota pressão na Caixa, para Flamengo ter o seu estádio logo!

27/05/2024 - 22:14


Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, em jantar na noite desta segunda na Barra da Tijuca com dirigentes do Flamengo para debater sobre o futuro estádio do clube, botou pressão na Caixa Ecônomica, que é dona do fundo que cuida de um terreno no Gasômetro. Ou banco vende o local logo, ou a Prefeitura vai desapropriar o terreno em prol do Flamengo.

“Se a Caixa Econômica Federal não vender, eu vou desapropriar o terreno. Eu estou dando o recado para a Caixa: se não houver um avanço nessa negociação, a Prefeitura do Rio de Janeiro vai desapropriar a área do Gasômetro para permitir que o Flamengo construa seu estádio”, disse no jantar o prefeito do Rio, em volta de dirigentes do Rubro-Negro.

“Se o Flamengo tem um parceiro e um sócio nessa história (da negociação pela compra do terreno para construção do estádio), o nome desse parceiro e desse sócio que vai estar junto com vocês chama-se Prefeitura do Rio de Janeiro”, completou Paes.

Nesta segunda, mais cedo, uma reunião entre Flamengo, Caixa e Prefeitura ocorreu para debater o valor do terreno. A Caixa deverá definir o valor ainda nesta semana – em máximo três dias. 

O terreno desejado pelo Flamengo tem 87 mil metros quadrados. Em 2012, quando o local ainda tinha uma área total era de 116 mil metros quadrados, ele foi comprado pela Prefeitura do Rio de Janeiro por R$ 220 milhões.

Em seguida, foi revendido ao Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, administrado pela Caixa Econômica Federal, que se tornou proprietária do local. A ideia era que fossem construídos um conjunto de empreendimentos imobiliários, mas, mais de dez anos depois, nada foi feito.

O Rubro-Negro espera que o preço divulgado não seja muito distante do valor que o Mengo pretende investir.

A intenção do Flamengo é adquirir o terreno por aproximadamente R$ 250 milhões. O banco projeta receber cerca de R$ 400 milhões. Em 2022, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) avaliou os 87 mil metros quadrados em R$ 236 milhões. Corrigindo a quantia para 2024 pelo INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), o valor iria para cerca de R$ 246 milhões, próximo ao que o Flamengo está disposto a pagar.

Para levantar fundos, o clube aposta no potencial construtivo, que se refere à quantidade de construção permitida em um terreno. Ou seja, ao invés de ‘expandir’ as instalações na sede da Gávea, o Flamengo usaria os recursos para construir seu próprio estádio.

Na visão do Flamengo, um ponto positivo do espaço é a localização. Afinal, o Gasômetro fica ao lado da Rodoviária Novo Rio e do Terminal Gentileza, considerado o maior integrador de transporte público da capital carioca.

No entanto, a transferência do potencial construtivo da Gávea depende da aprovação da Câmara dos Vereadores. Para essa ‘mudança’, o Flamengo conta com o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, através de Eduardo Paes, defensor da ideia de que o Mengão tenha sua própria casa.

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