Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, recebeu cartão vermelho, do árbitro Anderson Daronco, por ter realizado um gesto obsceno no estádio. Em entrevista ao Uol Esporte, o treinador comentou sobre o lance, dizendo que o gesto foi direcionado a sua comissão técnica, e apesar disso irá pedir desculpas a todos seus familiares – inclusive a sua mãe.
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“Fiquei surpreso porque não sabia o que era. Depois, quando vi a imagem no telão, percebi o motivo. Eu já tive a oportunidade de mostrar as imagens que o Palmeiras tem, vistas de cima. Há uma falta do meu lado direito e que eu não concordo. Como foi uma arbitragem, sobretudo no segundo tempo, que parou muito o jogo, eu acho que era preciso coragem para arbitrar um jogo desse nível. Quando acontece essa falta, eu viro na direção da minha comissão técnica e faço o gesto e a dizer: 'o árbitro não teve coragem'. Já pedi desculpas aos meus jogadores e ainda vou pedir à minha mãe, às minhas filhas e à minha esposa, mas em momento nenhum eu tenho intenção de ofender quem quer que seja. A imagem é muito clara.”, declarou.
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Abel ainda disse que do momento que realizou o gesto atéo momento de ser expulso demoraram três minutos. “Eu estou a falar com a minha comissão técnica e a dizer através da minha voz e do gesto corporal que eu utilizo para dizer que o árbitro não tem coragem. Não vou negar que fiz o gesto. Eu fiz o gesto, mas em momento nenhum foi para ofender quem quer que seja”, afirmou.
Abel Ferreira somente concedeu entrevista ao Uol depois do jogo. Na coletiva de imprensa foi o seu auxiliar, João Martins, que fez duras críticas ao árbitro Anderson Daronco.
“Não entendo como a CBF, com um árbitro que teve uma postura dessa, se fosse avaliado tinha nota negativa, vem arbitrar a decisão de hoje. Um árbitro que usa todos as bolas paradas para conversar com os jogadores e descansar, isso é inacreditável ver um árbitro que para faltas e escanteios para conversar. Nós queremos jogar futebol, dar um bom espetáculo, têm pessoas que pagam para vir aqui e temos que dar um bom espetáculo, mas não nos deixam. Ele apitou faltas e faltinhas”, disse inicialmente.
“Há dois anos o padrão era o Wilton Pereira Sampaio com sete ou oito jogos em uma temporada. Teve uma hora que não dava mais e reclamamos. Agora outra vez? Não tem mais árbitros no Brasil? Nós queremos árbitros sem vícios, que podem errar, mas que não sejam viciados como ele. Ele tem um comportamento padrão que não deixa o futebol evoluir. Se não consegue, se não tem competência, só tem que fazer uma coisa: reformar-se. Não consegue emagrecer? Reforme-se. Exigência, só pedimos isso. Como exigimos do nosso clube, pedimos exigência de todos os meios que trabalham no futebol. Pedimos isso do jornalismo, pedimos isso da CBF, da comissão de arbitragem, de todos, dos gramados”, declarou.