A final do Paulistão A4 não foi 100% de festa. Atos racistas foram registrados pelo Paulista, e também pela súmula do jogo, e pedras (de pequeno porte) foram atiradas e feriram torcedores do Galo no setor dos visitantes.
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A pedra foi atirada no intervalo, e um torcedor do Paulista alegou que veio da torcida do União Barbarense, que estava na arquibancada central.
Este torcedor do Galo foi informar o ato a diretoria do Paulista. A reportagem do Esporte Paulista estava do lado e registrou um ferimento em uma das pernas do torcedor, próximo ao seu joelho.
Os torcedores, tanto de Paulista como do União Barbarense sofreram nesta final. Do lado do Barbarense, às 15h, do lado de fora do estádio, centenas de pessoas esperavam entrar no estádio. Torcedores com QR Codes impressos em papel, não conseguiam acessar o estádio.
Ano passado, na final da ‘Bezinha’ do Paulistão, no Jayme Cintra, o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, reclamou das condições de entrada dos torcedores do Galo, especialmente da revista realizada pela Polícia Militar.
Na final deste sábado, em Santa Barbará D’ Oeste, o presidente da Federação, sequer apareceu.
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Já a torcida do Paulista assim que terminou a partida não pode ver seus atletas receberem as medalhas e ver o time receber o troféu de vice-campeão.
Outro ponto lamentável da final foi o tratamento para a imprensa de Jundiaí.
A Rádio Difusora de Jundiaí não pode transmitir inloco a final. Rafael Mainini, narrador da Rádio Difusora e que acompanhou o time jundiaiense nos jogos dentro e fora de casa, foi ‘privado’ pela Federação Paulista de realizar a partida dentro do estádio Antônio Lins Guimarães.
Detalhe: haviam cabines sobrando, como o Esporte Paulista presenciou do setor de visitantes do estádio.
Porém o pior ocorreu aos 6min do segundo tempo, quantos atos racistas foram realizados por torcedores do União Barbarense para jogadores do Paulista, segundo foi registrado na súmula da partida, pelo árbitro Juliano José Alves Rodrigues.
“Informo que aos 51 minutos de jogo a partida foi paralisada por 3 minutos, devido a um princípio de tumulto vindo da torcida da equipe mandante onde estavam posicionados os jogadores reservas da equipe Paulista Futebol Clube Ltda, realizando aquecimento, onde o Preparador físico o Sr. Rodolfo Augusto Servadio da equipe Paulista Futebol Clube Ltda, se dirigiu até a equipe de arbitragem informando que os seus jogadores reservas estavam sofrendo atos racistas e homofóbicos da torcida da União Agrícola Barbarense Futebol Clube, com gritos proferindo as seguintes palavras para os seus jogadores reservas: “macacos, viados, bichas", onde prontamente foi acionado a Polícia Militar próximo ao aquecimento dos jogadores reservas cessando assim o problema, atos estes não presenciados pela equipe de arbitragem onde não foi possível identificar as pessoas envolvidas nestes atos racistas e homofóbicos vindo da torcida da equipe União Agrícola Barbarense Futebol Clube”, relatou o árbitro.
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A diretoria do Paulista recebeu a informação do que ocorreu ainda durante o tumulto, e após o jogo, integrantes do clube foram lavrar um Boletim de Ocorrência sobre o ocorrido ainda dentro do estádio.
O árbitro da partida ainda escreveu na súmula que isqueiros foram atirados por torcedores dos dois times, durante a partida e caíram dentro do campo de jogo.
Sobre a expulsão de Christopher, aos 3min do segundo tempo, Juliano Rodrigues ‘carregou’ na súmula sobre o atleta.
“Expulso por agredir com uma cotovelada atingindo o rosto próximo ao queixo do seu adversário de n° 3 o Sr. Pedro Henrique Lima Costa, com o uso de força excessiva, com a bola fora de jogo. Informo que o jogador agredido necessitou de atendimento médico e continuou na partida. Informo que o jogador expulso, sai do campo de jogo com o dedo em riste proferindo as seguintes palavras para o Quarto Árbitro Ricardo Bittencourt da Silva: “seu filho da p..., tá de sacanagem, vai
se foder, arrombado, vai toma no c.”, onde o mesmo teve de ser contido por membro de sua comissão técnica”, descreveu o árbitro.
