O árbitro Juliano José Alves Rodrigues, que apitou a finalíssima do Paulistão A4 entre União Barbarense e Paulista, três semanas atrás, foi acusado nesta quinta-feira de atos machistas por jogadoras de São Paulo e Bragantino, em partida da 2ª rodada do Paulistão feminino, que ocorreu em Santana do Parnaíba. O jogo terminou 3 a 0 para o Tricolor. Toda a equipe de arbitragem do jogo era composto por homens.
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Jogadoras dos dois times relataram que o árbitro da partida proferiu palavras machistas quando as jogadoras se direcionavam a ele para falar sobre lances do jogo.
As atletas realizaram, dentro de campo, o sinal de ajuda, que deveria fazer com que a partida fosse paralisada, mas nada foi realizado.
Em entrevista a TNT Sports, Stella, do Massa Bruta, disse que o árbitro Juliano José Alves Rodrigues teria falado "na hora certa vou te pegar".
Na mesma entrevista, Milene, do São Paulo, confirmou a versão da jogadora do Bragantino e disse que situações similares aconteceram com o São Paulo.
Na hora do fato – minuto 65min45seg (jogo transmitido ao vivo também pela Record News na internet e tv aberta), em uma falta para o Bragantino perto da área, Stella fez o sinal de braço cruzado, que é para denunciar atitudes preconceituosas dentro de campo e o jogo deveria ser paralisado. Porém, o árbitro mandou seguir o jogo.
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Na transmissão da partida, dá para ver claramente o sinal de braço cruzado feito pela jogadora. Ainda na reportagem, as duas jogadoras criticaram a Federação Paulista de Futebol, dizendo que a entidade fala em respeito às atletas, mas que na hora que acontece algo, nada é feito.
Na súmula da partida, já publicada no site da Federação Paulista de Futebol, nada foi relatado sobre o fato.
Porém minutos depois, a Federação Paulista soltou nota sobre o ocorrido, prestando atenção as atletas.
“A Federação Paulista de Futebol informa que recebeu com atenção e seriedade os relatos das atletas Stella, do Red Bull Bragantino, e Aline Milene, do São Paulo, após a partida entre as duas equipes realizada nesta quinta-feira (15), pelo Paulistão Feminino Sicredi. A FPF não tolera, sob nenhuma circunstância, atitudes preconceituosas, discriminatórias ou desrespeitosas dentro ou fora de campo. Toda manifestação contrária aos valores de igualdade, respeito e integridade será apurada com rigor. Acolhemos as manifestações das atletas com o devido respeito e já iniciamos uma apuração detalhada dos fatos. O futebol paulista é e deve ser um espaço seguro, inclusivo e respeitoso para todas as pessoas envolvidas”, escreveu a entidade na nota.
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O quarteto de arbitragem do jogo era todo formado por homens – além de Juliano José como árbitro, estavam Enderson Emanoel Turbiani da Silva e Matheus Guilherme Biselli da Cruz como assistentes; e Ricardo Bittencourt da Silva como quarto árbitro.
