Há exatamente dez anos, o estádio Jayme Cintra reviveu a magia de seus dias mais gloriosos com uma partida festiva que reuniu lendas do Paulista de Jundiaí. No gramado, ex-jogadores campeões da Copa do Brasil de 2005 enfrentaram atletas que fizeram história com o título da Série C do Brasileirão em 2001. O resultado? Um eletrizante empate por 8 a 8 – uma chuva de gols que fez o torcedor jundiaiense esquecer, por algumas horas, o delicado momento do clube na época.
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O evento foi realizado em um domingo, 21 de junho de 2015, véspera da data que marcou uma década da maior conquista do Galo da Japi – a inesquecível Copa do Brasil vencida sobre o Fluminense, em 22 de junho de 2005.
A ideia surgiu de conversas entre ex-atletas em grupos de mensagens: reerguer o Paulista. E o primeiro passo foi dado com um reencontro simbólico e solidário.
A renda da partida foi totalmente revertida ao projeto de reestruturação do clube, que vivia crise financeira e esportiva, fora das competições nacionais e rebaixado para a Série A2 do Paulistão na ocasião.
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O jogo, que também integrou as celebrações pelos 106 anos do Paulista, foi carregado de emoção e nostalgia. Em campo, nomes que deixaram marca no Jayme Cintra.
Léo, autor de um dos gols na final contra o Fluminense, celebrou o reencontro: “Além do jogo, é importante sentir o clube, rever os amigos. Fazer parte disso é muito legal.”
Victor, goleiro da campanha histórica de 2005 e ídolo do Atlético Mineiro à época, também esteve presente, menos de 24 horas após jogar pelo Galo mineiro. “O mais legal foi reencontrar esse espírito de família que construímos naquele time de 2005”, declarou, emocionado.
Nenê, outra joia revelada pelo Paulista e com passagens por clubes como Santos, Palmeiras e West Ham e atualmente no Juventude, voltou ao clube onde tudo começou. “Foi uma nostalgia enorme. Depois de dez anos, ver que a amizade continua igual é muito especial. Tenho orgulho de ter começado aqui”, disse o meia-atacante.
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O jogo foi digno da grandeza do evento. Isaías abriu o placar para os campeões de 2001, mas Jefferson e Mossoró (duas vezes) viraram para o time de 2005. Kanu diminuiu: 3 a 2 ao fim do primeiro tempo. Na etapa final, Nenê fez dois gols e Kanu mais um: 5 a 3 para o time de 2001. Kalil, Isaías e Léo ampliaram para 8 a 5. Mas Bracali, jogando na linha, marcou, e Mossoró, inspirado, anotou mais dois gols e selou o 8 a 8 no placar.
Mas como disseram os próprios jogadores, o resultado era o que menos importava. O que ficou daquele domingo foi a lembrança de um clube vencedor, a união dos ídolos e a esperança de um recomeço.
Uma década depois, o Jogo dos Campeões segue sendo um marco de amor ao Paulista e ao futebol de verdade.