Não precisa ser brasileiro para experimentar a máquina de ‘moer’ treinadores no Brasil. Um português não durou sequer um mês no comando de um clube da elite do futebol brasileiro. Porém sua demissão era bola cantada, pois em 25 dias, sua equipe marcou somente um gol.
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A passagem do técnico António Oliveira pelo Sport Recife durou menos que um mês. Nesta quarta-feira, o clube anunciou a demissão do treinador português após apenas quatro jogos no comando da equipe na Série A do Campeonato Brasileiro. Sem conseguir uma vitória sequer, ele somou três derrotas e um empate.
A breve trajetória de António já entra para a história recente do clube como a mais curta entre os treinadores do Leão da Ilha, superando até Guto Ferreira, que em 2024 dirigiu o time por cinco partidas na Série B.
O futebol de baixíssimo rendimento e os maus resultados selaram o destino do comandante, mesmo após um discurso de confiança vindo da direção.
Curiosamente, a demissão ocorre apenas um dia depois de o executivo de futebol Thiago Gasparino conceder uma entrevista coletiva garantindo a permanência do técnico. Na ocasião, Gasparino falava em “evolução nos números” e sustentava a expectativa de melhora após a intertemporada.
O treinador chegou no Sport Recife no dia 9 de maio – sendo demitido exatos 25 dias depois.
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A estreia de António Oliveira foi marcada por um vexame: derrota por 4 a 0 para o Cruzeiro na Ilha do Retiro, em que foi chamado de “burro” pela torcida com apenas 20 minutos de jogo.
Na sequência, o Sport perdeu para Ceará, Internacional e Mirassol — somente contra o time gaúcho marcou um gol.
No total, foram quatro jogos, nenhum gol marcado, oito gols sofridos e apenas um ponto conquistado.
Após a derrota para o Mirassol, o português chegou a endurecer o discurso e declarou que só permaneceria quem estivesse “comprometido com a causa”.
Três dias depois, foi desligado do clube, que agora acumula duas trocas de treinador em apenas 11 rodadas da Série A.
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Na nota oficial, o Sport agradeceu a António e à sua comissão técnica — composta por Felipe Zílio, Diego Favarin, Vitor Couto e Fábio Miguel — pelos serviços prestados e desejou sucesso em novos desafios.