Em entrevista ao Podcast PodPah, nesta sexta-feira, o atacante Gabigol admitiu que bateu mal o pênalti do último domingo pelo Cruzeiro, que foi decisivo para a vitória do Corinthians nas penalidades pela semifinal da Copa do Brasil. É um fato raro, Gabigol, que tem um ego forte, admitir que fez algo de errado e de forma pública.
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Gabigol comentou que apesar de saber como Hugo poderia se comportar no lance para tentar fazer a defesa, o atacante admitiu que bateu muito mal e facilitou a defesa. “Ele sabe o jeito que eu bato. Eu também sei o que ele poderia fazer.Mas, de uma forma ou de outra, eu bati mal o pênalti. Eu bati mal o pênalti. Então não tem desculpa, eu errei”, disse.
“Foi a primeira vez também que eu erro um pênalti tão decisivo assim na minha vida. Foi um pênalti muito complicado também, porque, para os dois lados, para mim e para o Hugo, pois a gente treinou praticamente cinco, seis anos juntos. Então é um pênalti muito complicado. E não tem desculpa, eu errei”, completou.
Gabigol comentou sobre a decisão de não voltar para Belo Horizonte com os demais jogadores, após a queda na Copa do Brasil. Ele justificou que estava de férias e queria estar mais pertos dos amigos e familiares por conta do pênalti perdido.
“Até o pênalti, eu era o jogador de grupo. Eu era o jogador que estava lá me dedicando todos os dias e tudo. Quando se perde o pênalti, eu já não sou mais esse jogador. Eu sou jogador mal de grupo. E é muito pelo contrário. Você perder um pênalti daquela dimensão não é fácil psicologicamente para o jogador. Eu amo o Pedrinho. (proprietário da SAF do Cruzeiro) E não foi fácil para mim ver ele triste. O míster (Leonardo Jardim, treinador até então do Cruzeiro) já tinha uma conversa que ele ia embora. Eu sabia que poderia ser a última chance dele de ser campeão. E não à toa o míster te escolhe para entrar ali porque não atua (...) E sobre eu ficar em São Paulo, o que eu mais queria era ir para casa, perto da minha família, perto dos meus amigos, porque eu errei.”, afirmou.
“A gente tinha combinado durante os pênaltis na hora que se eles erram mais um, eu já ia para o quarto, para ser o decisivo e acabar logo. Então, tinha confiança em mim, dos jogadores. Tanto que o treinador me colocou três minutos só para bater o pênalti. Ah, isso influenciou? Eu acho que sim. Eu também nem toquei na bola quando entrei no campo. Não estava muito quente. Estava meio frio. Mas eu errei. Isso não tem problema. Eu assumi”, completou.
Na entrevista ao PodPah, Gabigol declarou sobre a chegada de Tite no Cruzeiro. “Então assim, cara, ele é o treinador do time. Eu não tenho nada contra ele. Eu dei minha opinião, como ele deve ter a dele. Mas só que a gente tá pelo Cruzeiro. Não é sobre o Gabriel e sobre ele. É sobre o grupo, é sobre o Cruzeiro ganhar. E ele sabe que a gente viveu isso no Flamengo também. A gente não teve nenhum problema no Flamengo. A gente não teve nenhuma discussão. A gente não teve nada. E eu respeito ele como respeito todos os meus treinadores. Nunca tive problema com o treinador. Quem vai mandar é ele, né? Ele que vai mandar. Eu sou o jogador. E o que tiver que fazer pra ajudar o Cruzeiro, eu vou fazer”, contou.
