A vida do piloto jundiaiense de motovelocidade Otávio
Lucchini, de 20 anos, tem sido uma correria danada. E não só nas pistas. Ele
tem que dividir seu tempo entre competições no Brasil e as pistas brasileiras —
é quinto colocado na categoria GP 1000 do Racing Festival — e a Itália, onde
estuda engenharia aeroespacial, na Universidade de Bolonha.
Lucchini vive na Itália desde 2010, onde disputou dois
campeonatos. A estréia aconteceu na com o segundo lugar na categoria Sub21 da
Hornet Cup Itália. O piloto está na quinta colocação na classificação geral da
categoria R1 GP1000 do Racing Festival e, até novembro, disputará mais duas
corridas no Brasil. Lucchini voltou para a Itália na semana passada, mas
retorna ao país no próximo mês, onde disputará a penúltima etapa do Racing
Festival em Brasília, dias 6 e 7, e em novembro fecha a temporada brasileira no
Rio Grande do Sul, nos dias 3 e 4.
Esta ponte aérea Itália-Brasil não é nada barata, ainda
mais que as competições de motovelocidade representam um custo altíssimo, mas o
piloto tem o apoio da família e tem conseguido aumentar o número de
patrocinadores. “As empresas que têm me apoiado nesse projeto de disputar
corridas nacionais são muito importantes para mim, pois sem elas não
conseguiria aproveitar essa chance de disputar as provas com motos de mil
cilindradas e conseguir os bons resultados”, destaca.
O piloto jundiaiense tem usado uma moto R1 da Yamaha de
1.000 cilindradas. Na prova que disputou em Interlagos no mês passado, a
superesportiva atingiu a velocidade de 265 km/h. “Prefiro não pensar em
acidentes, pois todo mundo sabe que é um esporte de risco, mas quando estamos
na pista é para arriscar e temos a certeza que estamos mais seguros do que
andando na rua”, declara.
Lucchini sonha em um dia chegar a Moto GP, onde estão
seus ídolos, como a lenda Valentino Rossi.A principal categoria da
motovelocidade está órfã de brasileiros desde a saída de Alexandre Barros em
2008. O piloto jundiaiense treina duro para preencher essa vaga. Além de ser o
mais jovem piloto convidado do Racing Festival, ele é o único brasileiro
morando na Itália. De 2008 a 2009 viveu nos Estados Unidos correndo pela Red
Bull, depois foi para a Itália para trabalhar e correr pela Bimota.
Matéria e foto: Site OAJundiaí.com.br