A edição do último sábado (13) do Jornal de Jundiaí, em
matéria dos repórteres Paulo Ferro, Fábio Manzini e Raquel Lobonda, informou
que por causa da grave crise financeira do Paulista, a diretoria do Galo e do
Novo Paulista estudam o pedido de licença por parte do Paulista na Federação
Paulista de Futebol e não jogar a Série A2 da próxima temporada. A dívida do
clube gira em torno de R$ 30 milhões, segundo informou o JJ.
Os dirigentes não encontram soluções para tirar o time do
buraco no qual se encontra, já que as cotas da Federação Paulista estão
bloqueadas na Justiça e as alternativas de recursos estão cada vez mais
escassas para a disputa da Série A2. Seriam necessários cerca de R$ 250 mil por
mês de imediato.
Em entrevista ao Jornal de Jundiaí, o presidente do projeto
Novo Paulista, Márcio Franklin Nogueira, tenta manter o otimismo, mas admite
que muitos diretores do Galo estão desanimados com a perspectiva de o clube
fechar as portas, pedir licença da Federação Paulista de Futebol e anunciar que
não jogará a Série A2 do ano que vem.
“Alguns funcionários não recebem salários há quatro meses,
não temos receita regular e o que esperávamos arrecadar para começar a colocar
a casa em ordem não veio. Um exemplo que ilustra bem o quadro do clube é que,
por falta de pagamento, a moça do telemarketing pediu demissão”, destacou
Márcio. Caso o Paulista peça licença da FPF, o clube, quando retornar as
atividades, terá que recomeçar na quarta divisão do Estadual.
O fio de esperança de Nogueira está na reunião do próximo
dia 17, às 10h, com o prefeito Pedro Bigardi, que será o intermediário junto a
um grupo de empresários para que eles deem o auxílio financeiro mínimo para
manter o clube em atividade em troca de propaganda na camisa ou no estádio
Jayme Cintra. Dependendo do resultado da reunião, o Esporte Jundiaí obteve a
informação que até na própria quinta-feira, os resultados deste encontro podem
ser anunciados a imprensa e aos torcedores do Galo, numa coletiva no Jayme
Cintra a tarde. Nesta coletiva pode até ocorrer a triste notícia da licença do
Paulista, o que muitos desejam que não ocorra.
Alternativas - Segundo o Jornal de Jundiaí, além da reunião
no Paço, o Paulista também trabalha com outras alternativas para não ter que se
desfiliar da FPF. Uma delas é terceirizar o futebol do clube para algum
empresário. O nome de Júlio César, ex-zagueiro da seleção brasileira, Guarani e
Borussia Dortmund, seria um dos nomes cotados para isso.
O time também poderia fazer um acordo com o Santos. Assim, o
time sub-23 do Peixe disputaria a A2 com a camisa do Paulista. Neste acordo,
caberia à diretoria do Paulista pagar os gastos de viagem e taxas de arbitragem
e policiamento. O Santos arcaria com os vencimentos dos atletas e da comissão
técnica.
Com informações do
Jornal de Jundiaí