O Esporte Jundiaí está iniciando uma nova página, literalmente, o entrevistão. Nomes importantes sejam locais, nacionais e até internacionais estarão contando suas histórias seja dentro do esporte, ou até mesmo fora do esporte (o que gosta de fazer nos momentos de lazer). Uma vez por semana será publicada uma entrevista. Para começar a série, conversamos com Klaus Ingmar Vieira bergmann, ou simplesmente Klaus Bergmann, coordenador e treinador do tênis de mesa de Jundiaí, além de secretário de eventos da Federação Paulista da modalidade. Ele tem 45 anos, e nas horas vagas adora rock. Conheça um pouco de Klaus Bergmann, nesta entrevista conduzida pelo jornalista Thiago Batista.
Esporte Jundiaí: Como começou a sua ligação com o tênis de mesa?
Klaus Bergmann: Comecei na década de 80 no Grêmio CP. Pratiquei a modalidade ainda no Sesão e também no Clube São João. O começo foi com colegas associados do clube e veteranos que também deram uma força para mim. Foi no início da equipe de Jundiaí para disputar Jogos Regionais e Abertos, e começamos também a representar Jundiaí pela Esportiva. No final da década de noventa e nove início dos anos 2000, retomamos as participações com o Jundiaí Clube com a nova diretoria junto com outras modalidades olímpicas, com apoio do Bingo Mania na época. Quando isso, era viável ainda até o governo vetar este apoio, por fechar os bingos na época por ser considerado jogo de azar. E daí para frente, os apoios vieram mais por leis de incentivo do esporte pelo Governo Federal, e as bolsas de estudos municipal, estadual e federal, dependendo da faixa etária de cada atleta e suas conquistas em Campeonatos Paulista e Brasileiro, Jogos Regionais, Abertos e da Juventude.
EJ: Qual a sua paixão com a modalidade?
KB: Ter conquistado, muitas amizades na modalidade no decorrer de todos estes, entre atletas, técnicos dirigentes, pais de atletas que somaram para o meu crescimento e vivência na modalidade. Com isso veio os títulos conquistados juntos a equipe de Jundiaí no cenário estadual e nacional em torneios da Federação Paulista e Confederação Brasileira. Também as convocações em várias seleções paulistas, na comissão técnica da Federação Paulista e de atletas da equipe de Jundiaí também, representaram a seleção Paulista e Brasileira em categorias menores e de veteranos. E de 2000 a 2001, tivemos o atleta Cazuo Matsumoto ainda juvenil na época representando a equipe de Jundiaí, quando fomos campeões de várias copas do Brasil, e hoje Cazuo é um dos principais atletas da seleção brasileira de tênis de mesa, defende um time na Liga da Polônia, participou das Olimpíadas do Rio 2016 com a equipe brasileira e no Brasil representa São Caetano nos Jogos Regionais e Abertos.
EJ: Como é comandar a equipe de tênis de mesa de Jundiaí? Quais são os desafios?
KB: Não é fácil no tênis de mesa são várias categorias para comandar de diversas faixas etárias. Que vai de 10 anos de idade a veteranos acima de 70 anos, tanto no masculino como no feminino. Mas com a experiência que adquiri nestes quase 30 anos de tênis de mesa, acredito, que foi o fator mais forte para me manter na modalidade, das pessoas amigas da equipe que confiam no meu trabalho e os novos talentos que vão surgindo também para o esporte, e para parabenizar tudo isso os títulos que foram surgindo com a força de todo nosso grupo. Lembrando que nem tudo é fácil nos dias de hoje. A falta de um patrocínio forte de uma empresa com certeza é um fator que faz muita falta principalmente nas viagens fora do estado de S]ap0 Paulo, mais isso vale para qualquer modalidade de competição e devido à crise que passamos em nosso país. Muitas empresas deixaram de apoiar alguns esportes. Mais acredito ainda que as coisas podem melhorar para todos no nosso. Hoje a minha função está mais para manager, como ocorre em equipes e esportes americanos e europeus.
EJ: A satisfação maior sua é conquistar títulos para equipe ou revelar talentos para o esporte?
KB: As duas coisas andam juntas. A garotada nova que passa pela equipe de Jundiaí, procuro encaminhar para os melhores lugares de alto rendimento de São Paulo, até por Jundiaí ser uma cidade bem próxima da capital e também de São Caetano, onde tem um centro de treinamento com apoio da Confederação Brasileira de tênis de mesa. E com esse intercâmbio, os atletas sobem de nível, e com isso consequentemente vem os futuros títulos individuais e coletivos também para nossa equipe nos torneios da Federação e também na Confederação. Vale lembrar que nossa principal conquista foi o título duplo de ser o único clube a conquistar o título de melhor clube brasileiro olímpico e paralímpico da Confederação Brasileira, em 2012, e o título inédito do troféu eficiência geral da Federação Paulista de 2015, pelo Jundiaí Clube nos dois naipes.
EJ: Como está o tênis de mesa no Brasil? A Olimpíada ajudou a divulgação e massificação da modalidade?
KB: Sim a modalidade está ascensão no país com novas gerações na seleção brasileira, com vários atletas tendo as portas abertas para jogarem na Alemanha, França, Portugal e Polônia por exemplo. o destaque do Brasil agora é o atleta Hugo Calderano de apenas 20 anos que joga atualmente na principal Liga da Alemanha profissionalmente e foi o destaque do Brasil nas Olimpíadas do Rio 2016, perdendo nas oitavas de final pro japonês Mizutani. Calderano acabou igualando o feito do Hugo Hoyama, que também chegou a fase de oitavas de final, em Atlanta (1996), terminando em 9º lugar. Curiosamente, hoje o Hugo é o treinador equipe feminina do Brasil.
EJ: Gosta de observar outros esportes. Quais?
KB: Gosto sim de tênis de campo, natação, vôlei, basquete – NBA, automobilismo e motovelocidade e a paixão nacional que é o futebol, com destaque para os nossos principais clubes do país.
EJ: Tira algo destas modalidades para o tênis de mesa?
KB: Sim, reflexo e condicionamento físico e agilidade. Como é o caso da natação que é um esporte que faz bem no preparo físico de várias modalidades. Correr também faz bem para a modalidade e pular bastante corda, para ficar com as pernas ágeis.
EJ: Fora do esporte, o que gosta de fazer?
KB: Curto música de boa qualidade e equipamentos de som Vintage da década de 70 e 80, da geração dos famosos toca discos de vinil da época das discotecas e que está voltando também nos dias de hoje. E gosto também dentro do possível de ir em grandes shows de rock, como AC/DC, Led Zeppelin, Pink Floyd, Metálica, entre outras boas bandas da época que já vieram no Brasil.
EJ: O que é o rock para você então? E gosta do rock brasileiro?
KB: E um gênero musical que une gerações desde de a época do Woodstock, e a troca de discos e informações das bandas que fizeram história também no gênero musical. E também não deixe de ser uma forma de cultura e de novas amizades também. Gosto do rock brasileiro, das grandes bandas dos anos 80 como Legião urbana, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Ira!, Biquíni Cavadão, Ultraje a Rigor, RPM, Plebe Rude, entre outras que vieram depois com Skank e Jota Quest. E o velho pai do rock nacional Raul Seixas. E a banda camisa de Vênus com Marcelo nova que também teve uma pequena parceria com Raul Seixas.
Rapidinho
Qual time torce no futebol: Corinthians
Torce por algum outro time em outra modalidade: Boston Celtics, na NBA
Um ídolo no esporte: Guga
Um ídolo fora do esporte: Nelson Mandela
Comida favorita: Italiana
Bebida número 1: Cerveja
O que detesta fazer, mas faz: Lidar com a burocracia e procrastinação de dirigentes e atletas
Um sonho: Ter um centro de treinamento de tênis de mesa em Jundiaí
Um pesadelo: Acabar o tênis de mesa na cidade de Jundiaí.
Exemplo de beleza: Maria Fernanda Cândido
Estilo musical que gosta: Rock clássico
Estilo musical que detesta: Funk nacional
Uma música: Black in Black, do AC/DC
Um show: Pink Floyd - Pulse
Estilo favorito de filme: Ação
Gosta de ler: Notícias esportivas e comerciais.
Que tipo de notícia não gosta de ouvir, ler ou assistir: Não gosto de ver e ler notícias policiais de assassinatos
Família é: Nosso braço direito nas dificuldades e acertos da vida
Quando liga a tv, paro para ver: Esportes
Mania: Trabalhar ouvindo música
Vida é: Seguir em frente para conquistar novos Horizontes
EJ: Uma história boa que ocorreu no esporte?
KB: A comemoração dos atletas paralímpicos no tênis de mesa subindo na mesa após o último ponto do jogo e para comemorar o título da classe 10 masculina, quando o atleta inglês se tornou campeão da Paralímpiada do Rio-2016. Fiquei admirado em ver um atleta comemorando um título em cima da mesa de jogo aqui no Brasil.
EJ: Para finalizar,
qual a música para ouvir hoje?
KB: Queen – Rádio Ga Ga. Foi a música que fez sucesso no Rock In Rio, em 1985.
A música, leitor do Esporte Jundiaí, você pode ouvir no
player logo abaixo. É de um show ao vivo, que ocorreu no estádio de Wembley, em
1985.




