Diego Fernandes há 14 anos está sempre quase todo domingo desfilando seu faro de gol nos campos de futebol amador de Jundiaí e região. Em 14 anos de carreira, já passou em Jundiaí por Grêmio Eloy Chaves (2004), Engordadouro (2005), Botafogo da Vila Esperança (2006), Palmeiras do Medeiros (2007 e 2017), Estrela (2008), Marlene (2009 até 2011 e 2013), Jamaica (2012 e 2014), Ponte Preta (2015, 2016 e 2018); em Várzea Paulista pelo sub-20 do Londrina, Atlântico, Desportiva e Primus; no Bom Jardim de Itupeva e Cesp de Cabreúva. São mais de 200 gols marcados na carreira, contados um por um.
Com 32 anos, o jogador observou bastante mudanças no futebol amador da região jundiaiense. Quando pendurar as chuteiras, somente quer ver seus colegas e as novas revelações brilhar nos campos.
Diego Fernandes é o primeiro personagem na volta do Entrevistão que o Esporte Jundiaí realizará toda semana. Confira mais o que pensa Diego Fernandes sobre futebol, especialmente no futebol amador.
EJ: Qual é a sua contagem atual de gols no futebol amador de Jundiaí? E como faz essa contagem? Tem a contagem também nos outros lugares que já disputou?
DF: Foram mais 6 gols esse ano. No Amador de Jundiaí dá um total de 206 gols. Desde que comecei a jogar tenho o costume de marcar os jogos contra quem joguei o resultado e os quanto gols eu fiz.
EJ: Como é ser reconhecido como um dos grandes atacantes da história do futebol amador de Jundiaí?
DF: Fico muito feliz em ser considerado um dos grandes atacantes da história do nosso amador já que teve excelentes atacantes na história, é muito gratificante.
EJ: De onde veio o talento para ser goleador? Como começou a carreira?
DF: Comecei com 8 anos no salão no Uirapuru depois fui para o salão do São João depois disputei a CREM daí já era campo pelo São João. Eu era o número 10 je ogava no meio campo, mas como também fazia muitos gols passei a usar a 9 e jogar de atacante. Depois fui para o time da Coca-Cola que era muito forte nosso time, inclusive eu e mais quatros fomos convidados pra ir para o Paulista no mesmo dia isso no infantil. Daí fiquei quase dois anos e fui dispensado. Depois fiz alguns testes no Ituano, São Paulo mais infelizmente não deu certo.
EJ: Qual foi o grande time que você passou no futebol amador de Jundiaí?
DF: É difícil citar um time só. Pois joguei em vários times muito bom, mais o Vila Marlene em 2010 e o Jamaica em 2012 acho que marcaram mais, porque nosso time a maioria eram daqui da região mesmo e tinha um entrosamento excelente dentro e fora de campo.
EJ: Quais foram os grandes "assistencialistas" para você (davam passe para o gol) que você gostava de jogar?
DF: Igual a resposta anterior (risos). São 15 anos de amador e mais tem alguns que me ajudaram muito para os meus gols Branquinho, Felipe, Dinho, Icão e Chulinha. Tínhamos muito entrosamento joguei vários anos com esses jogadores.
EJ: Treinador de futebol amador precisa entender de tática ou precisa ser mais "paizão"?
DF: Acredito que os dois. Metade paizão e metade entender também porque se for só um aí fica difícil ganhar alguma coisa.
EJ: Em 2007, você foi convidado para fazer um teste no Paulista? Como foi esse teste? Gostou do seu desempenho?
DF: Em 2007 quando fui campeão e artilheiro pela primeira vez acabei sendo convidado para fazer um teste no Paulista, e inclusive fui muito bem nos treinos fiz gols participei bem mais daí na sexta-feira iria ter um jogo treino daí por causa da chuva acabaram cancelando e nunca mais falaram nada. Acredito que convidaram nós mais para fazer uma média e dizer que estavam dando chance.
EJ: Porque não deu certo de ficar no Paulista e jogar futebol de forma profissional?
DF: No Paulista foi igual eu citei acima e nos outros lugares acho que faltou um pouco de sorte e alguém com um contato forte nós sabemos hoje em dia como é as coisas né, envolve muito interesse e dinheiro.
EJ: Você consegue acompanhar os jogos do futebol profissional? Consegue pegar alguma coisa dos jogos profissionais que assiste na tv e nos estádios e consegue transportar para o futebol amador?
DF: Sim acompanho bastante. É que agora que estou com dois filhos e ficou um pouco mais difícil de assistir tantos jogos (risos). Mais minha vida é futebol, quando não estou jogando se deixar só assisto futebol. E o que tiro de aprendizagem é que procuro estar me posicionando bem tendo tranquilidade para quando sobrar eu fazer os gols.
EJ: O futebol amador na região, quando você começou em 2006, 2007 até hoje, 2018, mudou bastante? O que mudou? As mudanças foram mais positivas ou negativas?
DF: Mudou bastante quando comecei 15 anos atrás era um amador mesmo times com mais gente dos bairros a maioria de Jundiaí e região hoje em dia está quase um semiprofissional e cada vez mais gente de fora, esse ano mesmo se for ver a final entre Estrela e Jahmarley você não tem 5 jogadores de Jundiaí num total de mais de 40 jogadores nos dois times.
E outra coisa o campeonato aqui de Jundiaí foi considerado o melhor da região e já faz alguns anos que vem caindo, onde já se viu um jogador jogar para um time na primeira fase e depois o time dele caiu fora ele vai pra outro time no mesmo campeonato.
Antigamente era dois jornais cobrindo o campeonato rádio e TV e matérias na internet hoje não tem mais nada.
EJ: O que foi jogar na seleção de Jundiaí nos anos de 2010 e 2011?
DF: Jogar pela seleção de Jundiaí foi muito legal e poder representar minha cidade. Tínhamos um timaço, pena que como tinha jogo do amador de manhã nós ia para os jogos da seleção meio cansados mais mesmo assim fomos vice-campeões em 2010, e foi uma experiência muito positiva.
EJ: Qual campo da região você se sente mais em casa, gosta mais de atuar?
DF: Fiz gols em todos, mais acho que o Aramis Polli e Ovídeo Bueno foram os quais marquei mais gols. Inclusive um dos gols mais bonito meu foi no Ovídeo Bueno contra o Estrela aonde eu apliquei um chapéu no zagueiro adversário e fiz o gol. E no Aramis Polli contra o São Camilo aonde chapelei o goleiro e fiz o gol.
EJ: Fora dos campos, como é a sua vida?
DF: Fora dos campos, trabalho em uma metalúrgica sou conferente, sou casado tenho 2 filhos.
EJ: Durante a semana chega a fazer alguma atividade física, joga futebol com os amigos, ou é apenas descanso?
DF: E durante a semana procuro dar uma corrida na serra ou aqui no campo do Eloy Chaves para manter a forma para os finais de semana.
EJ: Quando parar de jogar no futebol amador, pretende seguir em alguma outra função como treinador ou dirigente?
DF: Quando para de jogar não pretendo ser técnico nem diretor. Só ir assistir os jogos quando tiver tempo.
Rapidinho (resposta curta, em poucas palavras mesmo)
Qual time torce no futebol: São Paulo
Um ídolo no esporte: Ronaldo Fenômeno
Um ídolo fora do esporte: Meu pai
Comida favorita: Lasanha
Bebida número 1: Refrigerante
Qual outro esporte, fora o seu, gosta de acompanhar: Só futebol mesmo
O que detesta fazer, mas faz: Acordar cedo para trabalhar
Um sonho: Ver meus filhos jogado futebol
Estilo musical que gosta: Gosto de rap e samba
Uma música: Vida é desafio (dos Racionais)
Um show: Show dos Racionais
Estilo favorito de filme: Não assisto
Gosta de ler: Não sou muito de ler
Que tipo de notícia não gosta de ouvir, ler ou assistir: Não gosto de ver notícias sobre política
Família é: Tudo na minha vida
Quando liga a tv, paro para ver: Paro para ver futebol (risos)
Mania: Sempre pisar com o pé direito quando chego no trabalho
EJ: Se pudesse falar apenas uma frase, ao presidente do Brasil, o que diria?
DF: Para ele dar um jeito nessa corrupção
EJ: Uma história boa que ocorreu com você no futebol?
DF: Teve um jogo pelo Vila Marlene em 2011 que o juiz expulsou um jogador do Cruzeiro antes de começar o jogo e depois que nós já estávamos ganhando de 3 a 0 no final do jogo teve um pênalti. Daí o Lu que era nosso presidente tinha acabado de entrar no lugar do Chulinha, foi lá e fez o quarto gol de pênalti (risos).
EJ: Para finalizar, qual a música para ouvir hoje?
DF: Uma música dos Racionais que chama a Vida é Desafio