A alegria da torcida pelos colegas é o combustível para os
atletas dos Jogos Regionais do Idoso (Jori), que tem sua etapa final, da 23ª
edição, sendo realizada pela Prefeitura de Jundiaí, até o dia a 12 de dezembro.
Com atividades realizadas em vários locais esportivos, os idosos acima de 60
anos esbanjam vitalidade nas competições das 14 modalidades chanceladas pela
Secretaria de Estado de Esporte. Nesta terça-feira (10), além das competições
em quadra, piscinas e tabuleiros, foi realizado workshop de dança e visitação
ao Museu Ferroviário.
Dona Iraci Casqueira, 76 anos, é integrante da equipe Jori do
Time Jundiaí e participa das provas de natação. “Eu comecei a nadar por
necessidade de saúde. Fiz duas cirurgias na coluna e, na época, era nadar ou
ficar numa cadeira de rodas. Resolvi nadar e hoje estou aqui, com saúde e 80
medalhas conquistadas com a natação”, explica a atleta de Jundiaí.
Maria de Lourdes Pereira dos Santos, 80 anos, chegou a nadar
quando tinha 40 anos. Precisou parar e só retomou as atividades aos 70 anos.
“Hoje tenho 80 anos. É uma vaidade conseguir realizar as atividades nessa
idade. Para chegar aos treinos eu faço uso de três ônibus, para chegar da Agapeama
até o Bolão, tudo sozinha. A minha independência vem do esporte”, garante a
aposentada que ainda compete no atletismo.
O competidor com mais idade da equipe de Jundiaí, Milton
Zimbon, 93 anos, participou das provas de natação costas e livre. “Eu fico
muito feliz em participar da competição, que faz bem para a minha saúde e
mente”, conta, logo após sair da piscina da unidade Sesi Élcio Guerrazzi, o
Sesão, onde foram realizadas as provas de natação e vôlei adaptado, na manhã de
terça-feira (10).
No banco de reservas do time de São Carlos de vôlei adaptado
feminino, Valdeci Sales dos Santos, 72 anos, estava emocionada ao retornar para
Jundiaí após 30 anos. “Morei aqui para estudar. A cidade está belíssima. Quase
não reconheço os locais. A cidade está muito bem cuidada”, elogia a jogadora
que é professora aposentada e não vive sem jogar voleibol. “Posso deixar de
fazer qualquer coisa. Só não deixo de jogar vôlei adaptado. É a minha vida.”
Para aqueles que não estavam em quadra e não foram torcer
para os colegas, a Unidade de Gestão de Esporte e Lazer (UGEL) e a Unidade de
Gestão de Cultura realizaram workshop de dança na Sala dos Relógios, do
Complexo Fepasa. Na sequência, os atletas e comissões técnicas participaram de
visita monitorada pelo Museu Ferroviário.
