Ex-atacante do Paulista e atualmente no América Mineiro,
Felipe Azevedo abriu a boca no trombone e detonou o projeto de lei que suspende
o pagamento do Profut, onde constava que poderia reduzir em 50% da cláusula de
compensatória paga em caso de rescisão de contrato unilateral.
“A gente vive um momento político no Brasil e hoje o
brasileiro pensa mais em política e a gente (jogador) também que acaba sendo afetado.
Mas o Sindicato está ajudando a nossa classe e precisamos ser mais unidos no país
e não pensar individualmente. E que nenhum benefício dos atletas seja tirado”,
declarou.
O projeto
Um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados nesta
quinta-feira, a pedido da Comissão Nacional de Clubes (CNC) e da CBF, quer o
congelamento por 12 meses das parcelas do Programa de Modernização da Gestão e
de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, o Profut.
O projeto 2125/2020 também prevê que, durante o período de
calamidade pública pela covid-19, aprovada no Congresso em 20 de março, o
dinheiro arrecadado com a loteria Timemania seja repassado diretamente aos
clubes – atualmente, a verba é automaticamente transferida para a Receita para
a redução da dívida com o Profut.
No texto original, o relator o deputado Marcelo Aro (PP-MG),
retirou os artigos 5º e 6º do texto original que tratavam de questões
trabalhistas dos atletas, como a redução de 50% da cláusula de compensatória
paga em caso de rescisão de contrato unilateral. Este trecho foi suprimido do
projeto.
O Profut é um programa de refinanciamento de dívidas fiscais
do futebol. Instituído em 2015 pelo então governo Dilma Rousseff, ele permitiu
que clubes tivessem descontos sobre juros, multas e encargos e parcelassem as
dívidas por impostos não pagos em até 20 anos.
Por Thiago Batista /// Foto: Divulgação