O Paulista está a poucos dias de estar inteiramente “livre” pode se dizer.
A punição imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) se
encerra na próxima quinta-feira, 4 de fevereiro.
O clube foi julgado em 26 de novembro do ano passado por conta da suspeita
da manipulação de resultados na Série A3 do Campeonato Paulista de 2020. A
associação jundiaiense foi considerada culpada e suspensa por 120 dais por infringir
artigo 239 (deixar de praticar ato de ofício, por interesse pessoal ou para
favorecer ou prejudicar outrem ou praticá-lo, para os mesmos fins, com abuso de
poder ou excesso de autoridade), além de multa de R$ 25 mil por infringir
artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (deixar de cumprir o
regulamento).
A punição acaba em 4 de fevereiro, pois foi retroativa do momento da suspensão
preventiva imposta pela Federação Paulista de Futebol (FPF) em 7 de outubro de
2020. Na ocasião, a agremiação foi suspensa pela FPF de forma preventiva, e
impedido de se inscrever em competições estaduais.
Recurso
O Paulista entrou com recurso em dezembro sobre a punição. O TJD deverá
colocar o recurso em pauta ainda no mês de fevereiro. “Não foi pedido efeito
suspensivo exatamente por essa razão da suspensão terminar em fevereiro e não
afetar o clube em competições que não seriam realizadas. Se pedimos o efeito
suspensivo e o pleno ratifica decisão de primeira instância teríamos que
cumprir mais para frente e poderíamos ser prejudicados mais à frente”, explica
Marco Zuffo, diretor jurídico e de futebol do Paulista.
O Paulista espera que ocorra a absolvição seja pelo pleno do TJD ou até
mesmo no STJD, que é a última instância da justiça desportiva. “Queremos absolvição
pela injustiça com o clube. Se perdermos no Pleno e a tendencia é essa no meu
entendimento, vou recursar para o STJD que entendo que teremos grandes chances
de absolvição, pois é um tribunal mais técnico e como inexistem provas nos
autos sobre alguma ilicitude do clube acredito que possamos reverter esse
julgamento e não deixar que um fato desses manche nossa história”, afirma Zuffo.
No entendimento de Zuffo por se tratar de uma conversa com os clubes da Série B1 do Paulistão e não de um arbitral oficial (como a própria matéria da Federação Paulista informa) na próxima terça-feira, diretores do Paulista podem representar a agremiação e participar juntamente com os outros times interessados em jogar a ‘Bezinha’ de 2021.