Neste 30 de junho de 2021 completa-se 20 anos de um dos títulos mais
irretocáveis e com campanha que praticamente beira a perfeição na história do
Paulista. Em 30 de junho de 2001, o então Etti Jundiaí, nome do Paulista na época,
diante de um Jayme Cintra completamente lotado, era campeão da Série A2 do
Paulistão, após derrotar a Paraguaçuense por 2 a 1.
Competição disputada no sistema de pontos corridos, com os 16 times se
enfrentando em dois turnos, teve o acesso do Tricolor seis dias antes, após um tropeço
do Juventus sobre o Olímpia, fora de casa, por 2 a 1, e empate do Santo André
contra o Paraguaçuense por 2 a 2 (com vitória do time do ABC nos pênaltis por 3
a 2).
O Etti Jundiaí terminou a competição com uma campanha irretocável. Ganhou 18 dos 30 jogos. Foram seis empates, sendo que a competição premiava o time com um ponto extra se ganhasse nos pênaltis (e tirava ponto se a igualdade fosse por 0 a 0) e o Tricolor venceu todas as disputas de pênaltis. Foram apenas seis derrotas. O time marcou 62 gols e sofreu apenas 30. Os 65 pontos representaram 72,2% de aproveitamento. Nesta década, entre todos os times campeões no Paulista, o time campeão da Série A2 de 2001 somente não tem melhor aproveitamento que a equipe vencedora seis meses depois, da Série C do Brasileirão.
Aproveitamento dos times campeões do Galo no século
- Série A2 do Paulistão de 2001: 65 pontos em 30 jogos – 72,2% de aproveitamento
- Série C do Brasileiro de 2001: 52 pontos em 22 jogos – 78,8% de aproveitamento
- Copa do Brasil de 2005: 19 pontos em 12 jogos – 52,8% de aproveitamento
- Copa Paulista de 2010: 46 pontos em 26 jogos – 59,0% de aproveitamento
- Copa Paulista de 2011: 47 pontos em 28 jogos – 56,0% de aproveitamento
- Série B1 do Paulistão de 2019: 65 pontos em 30 jogos – 72,2% de aproveitamento
O dia do título
No dia da última rodada, o Etti Jundiaí para ser campeão tinha que ao menos empatar com time de Paraguaçu Paulista. Uma derrota e o título poderia ser definido no saldo de gols com o Ramalhão (eram 12 gols de diferença pró-Galo). E no jogo, não tomou conhecimento e com dois belos gols ainda no primeiro tempo, marcados por Marcinho e Fábio Gomes, decretaram a festa no Jayme Cintra.
Nem mesmo o tento de Marcelo França para os visitantes estragou a
festa dos jundiaienses que tomaram conta de todos os lugares do Jayme Cintra –
não teve torcida visitante neste jogo, já que o Paraguaçuense corria pequeno
risco de rebaixamento (caíram Comercial e Grêmio Sãocarlense).
Ou praticamente no apito final de Oscar Roberto Gódoi – que pela última
vez apitou um jogo como árbitro profissional e disse em entrevista que desejava
marcar um gol contra o Etti na sua despedida dos campos, a torcida invadiu o
campo para festejar o título ao lado dos atletas.
Comandado por Giba, e sem o capitão Vagner Mancini e o atacante Zinho – ambos suspensos pelo terceiro amarelo, o Etti Jundiaí entrou em campo na última rodada com Artur (depois Buzzetto); Dedimar, Jairo (depois Cláudio), Ânderson e Julinho; Luís Carlos Goiano, Fábio Gomes (depois Nenê), Lauro e Marcinho; Izaías e Jean Carlos.
Fotos: Divulgação