CBF explica na Justiça motivo de ter pulado o número 24 na camisa na Copa América

03/07/2021 - 06:00

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na noite desta sexta-feira, cumpriu a decisão liminar da Justiça em ação do Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT e explicou o motivo de ter pulado o número 24 da camisa dos jogadores na seleção brasileira na copa américa, onde pulou do 23 para o 25. Em juízo, a entidade afirmou que a decisão foi em razão de sua posição (meio-campo) e por mera liberalidade optou-se pelo número 25, já que justamente o 25, Douglas Luiz, é meio-campista, e não defensor. A informação é do site Esporte News Mundo.

O juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível da Capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), na última terça-feira, havia dado 48 horas para a CBF explicar os questionamentos sobre o caso. Com a explicação de agora, o magistrado deve dar nova manifestação na segunda-feira.

A CBF explicou porque o número 24 foi pulado: “Como poderia ter sido 24, 26, 27 ou 28, a depender da posição desportiva do jogador convocado: em regra, numeração mais baixa para os defensores, mediana para volantes e meio campo, e mais alta para os atacantes”, completou a defesa da CBF na resposta em juízo, completando que os números são escolhidos pela comissão técnica da seleção brasileira.

Ainda na explicação, a CBF declarou que o regulamento inicial da Copa América permitia somente a inscrição de 23 jogadores e a numeração seria de 1 a 23, mas com o aumento de 7 inscrições, a numeração seria de 1 a 30.

“Como a CBF vem cumprindo rigorosamente os protocolos sanitários e não apresentou casos de contaminação, a Comissão Técnica sentiu-se confortável em convocar apenas mais um jogador, além dos 23 (vinte e três) inicialmente inscritos”, explicou a entidade numa resposta de 12 folhas.

A CBF ainda aproveitou para reafirmar ser uma entidade absolutamente comprometida com a causa da igualdade. Entretanto, ponderou que “nenhum dos questionamentos objeto da decisão liminar foram anteriormente apresentados para a CBF. Se o fossem, teria a CBF já esclarecido o tema, evitando a desnecessária movimentação da máquina pública e seus custos associados”.

Matérias relacionadas