Athletico-PR repete “sucesso” de 2005 e chega à final com 4 técnicos diferentes na mesma edição da Libertadores

07/09/2022 - 04:08

Pode parecer loucura, mas trata-se praticamente de uma coincidência. O Athletico-PR chega a sua segunda final de Libertadores da América, repetindo uma “fórmula” que fez em 2005: ter oficialmente assinando súmula quatro treinadores diferentes durante a campanha. 

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Nesta temporada, o Furacão começou a Libertadores com Alberto Valentim. Ele nem chegou a 2ª rodada. Foi trocado por Fábio Carille. O treinador campeão brasileiro de 2017 pelo Corinthians foi demitido após a 4ª rodada da fase de grupos, quando o Furacão levou 5 a 0 do The Strongest, fora de casa. Chegou Felipão, que comanda o time até hoje.

Só que “Big Phil” não assinou a súmula nos 2 a 2 do Athletico-PR contra o Palmeiras, que levaram o time a final da Libertadores. Por estar suspenso, devido a sua expulsão no jogo de ida, Felipão teve que deixar o comando na área técnica para Paulo Turra, que assinou a súmula como comandante do Furacão.

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Em 2005, o Athletico-PR para chegar a final da Libertadores teve 4 treinadores diferentes. Começou com o desconhecido Casemiro Mior (que treinou em 1990 a Inter de Limeira e depois ficou entre time das região Sul do Brasil e equipes de Portugal, Venezuela e Hong-Kong). Este ficou nas três primeiras rodadas da fase de grupos, sendo demitido após a derrota do Furacão para o América de Cali por 3 a 1. 

Nas três rodadas finais, Edinho Nazareth (zagueiro que disputou três Copas do Mundo pela seleção brasileira) comandou o Furacão. Só que ele foi demitido após a fase de grupos, em virtude da goleada sofrida para o Independiente Medellín por 4 a 0 – apesar disso o Furacão foi para as oitavas de final. 

Nas oitavas de final, no confronto contra o Cerro Porteño, o Furacão teve um treinador interino: Borba Filho - um olheiro, preparador físico e até mesmo comentarista esportivo, que assim foi o terceiro treinador do time durante a campanha. Das quartas de final até a final, quando perde para o São Paulo, Antônio Lopes, o Delegado, comandou o Furacão.

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Ser finalista da Libertadores com três ou mais treinadores durante a mesma edição não é algo exclusivo do Athletico-PR. Outros clubes finalistas – alguns até campeões, tiveram três ou mais treinadores assinando a súmula durante a campanha.

O Palmeiras foi vice em 1968 com três treinadores diferentes durante a competição. Verdão começou a campanha com Mário Travaglini, que comandou em seis partidas. Depois, em duas partidas, de forma interina, o técnico foi o histórico Julinho Botelho, que treinava os times de base. Nos sete jogos restantes, inclusive os três da final contra o Estudiantes de La Plata o comandante do Verdão foi Alfredo González. 

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Na conquista da Libertadores de 2020, o Palmeiras em seu próprio site oficial, considera que o clube teve quatro treinadores na campanha.

O Verdão começa a Libertadores com Luxemburgo. Ele comandou o time nas cinco primeiras rodadas da fase de grupos. Deixa o comando do time antes do encerramento da 1ª fase. Na última rodada quem comanda o Palmeiras é Andrey Lopes, o Cebola.

Na fase final, Abel Ferreira comandou o Palmeiras até o título contra o Santos no Maracanã. A exceção foi o jogo contra o Libertad, no duelo de ida das quartas de final, por estar diagnosticado pela covid-19 naquele tempo. O auxiliar de Abel Ferreira, João Martins, comandou o time na oportunidade. 

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O outro finalista de 2020, o Santos teve três treinadores diferentes até o vice-campeonato. Começou com Jesualdo Ferreira, que ficou até a 2ª rodada, sendo que sua demissão foi devido aos resultados ruins do time no Campeonato Paulista.

Cuca assumiu o Peixe na 3ª rodada da fase de grupos da Libertadores e ficou até a final – somente ficando de fora do jogo contra a LDU, no duelo de ida, pois tinha testado positivo para covid naquela oportunidade. No jogo contra a LDU, em Quito, Marcelo Fernandes é quem comandou o time.

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Só que nove anos antes, o Santos para ser campeão da Libertadores também teve treinadores diferentes durante a campanha. Na 1ª rodada, no 0 a 0 com o Táchira o treinador foi Adilson Batista. Ele saiu e por duas rodadas, de forma interina, Marcelo Martelotte comandou o Peixe. Da 4ª rodada da fase de grupos até a final o comandante do Peixe foi Muricy Ramalho.

Outro time campeão com três treinadores diferentes assinando a súmula foi o São Paulo de 2005.

Começou a campanha com Leão, que ficou nas quatro rodadas iniciais da fase de grupos. Só que na 5ª rodada, após o título do Paulistão, Leão saiu e Milton Cruz comandou o time interinamente. Da última rodada da fase de grupos até a final, o Tricolor teve Paulo Autuori como treinador. 

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