Pode
parecer loucura, mas trata-se praticamente de uma coincidência. O Athletico-PR
chega a sua segunda final de Libertadores da América, repetindo uma “fórmula”
que fez em 2005: ter oficialmente assinando súmula quatro treinadores
diferentes durante a campanha.
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Nesta
temporada, o Furacão começou a Libertadores com Alberto Valentim. Ele nem
chegou a 2ª rodada. Foi trocado por Fábio Carille. O treinador campeão
brasileiro de 2017 pelo Corinthians foi demitido após a 4ª rodada da fase de
grupos, quando o Furacão levou 5 a 0 do The Strongest, fora de casa. Chegou
Felipão, que comanda o time até hoje.
Só que “Big Phil” não assinou a súmula nos 2 a 2 do Athletico-PR contra o Palmeiras, que levaram o time a final da Libertadores. Por estar suspenso, devido a sua expulsão no jogo de ida, Felipão teve que deixar o comando na área técnica para Paulo Turra, que assinou a súmula como comandante do Furacão.
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Em 2005, o Athletico-PR para chegar a final da Libertadores teve 4 treinadores diferentes. Começou com o desconhecido Casemiro Mior (que treinou em 1990 a Inter de Limeira e depois ficou entre time das região Sul do Brasil e equipes de Portugal, Venezuela e Hong-Kong). Este ficou nas três primeiras rodadas da fase de grupos, sendo demitido após a derrota do Furacão para o América de Cali por 3 a 1.
Nas três rodadas finais, Edinho Nazareth (zagueiro que disputou três Copas do Mundo pela seleção brasileira) comandou o Furacão. Só que ele foi demitido após a fase de grupos, em virtude da goleada sofrida para o Independiente Medellín por 4 a 0 – apesar disso o Furacão foi para as oitavas de final.
Nas oitavas
de final, no confronto contra o Cerro Porteño, o Furacão teve um treinador
interino: Borba Filho - um olheiro, preparador físico e até mesmo comentarista esportivo,
que assim foi o terceiro treinador do time durante a campanha. Das quartas de
final até a final, quando perde para o São Paulo, Antônio Lopes, o Delegado,
comandou o Furacão.
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Ser
finalista da Libertadores com três ou mais treinadores durante a mesma edição
não é algo exclusivo do Athletico-PR. Outros clubes finalistas – alguns até
campeões, tiveram três ou mais treinadores assinando a súmula durante a campanha.
O Palmeiras
foi vice em 1968 com três treinadores diferentes durante a competição. Verdão
começou a campanha com Mário Travaglini, que comandou em seis partidas. Depois,
em duas partidas, de forma interina, o técnico foi o histórico Julinho Botelho,
que treinava os times de base. Nos sete jogos restantes, inclusive os três da
final contra o Estudiantes de La Plata o comandante do Verdão foi Alfredo
González.
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Na conquista
da Libertadores de 2020, o Palmeiras em seu próprio site oficial, considera que
o clube teve quatro treinadores na campanha.
O Verdão
começa a Libertadores com Luxemburgo. Ele comandou o time nas cinco primeiras
rodadas da fase de grupos. Deixa o comando do time antes do encerramento da 1ª
fase. Na última rodada quem comanda o Palmeiras é Andrey Lopes, o Cebola.
Na fase
final, Abel Ferreira comandou o Palmeiras até o título contra o Santos no
Maracanã. A exceção foi o jogo contra o Libertad, no duelo de ida das quartas
de final, por estar diagnosticado pela covid-19 naquele tempo. O auxiliar de
Abel Ferreira, João Martins, comandou o time na oportunidade.
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O outro
finalista de 2020, o Santos teve três treinadores diferentes até o
vice-campeonato. Começou com Jesualdo Ferreira, que ficou até a 2ª rodada, sendo
que sua demissão foi devido aos resultados ruins do time no Campeonato Paulista.
Cuca
assumiu o Peixe na 3ª rodada da fase de grupos da Libertadores e ficou até a
final – somente ficando de fora do jogo contra a LDU, no duelo de ida, pois tinha
testado positivo para covid naquela oportunidade. No jogo contra a LDU, em
Quito, Marcelo Fernandes é quem comandou o time.
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Só que nove anos antes, o Santos para ser campeão da Libertadores também teve treinadores diferentes durante a campanha. Na 1ª rodada, no 0 a 0 com o Táchira o treinador foi Adilson Batista. Ele saiu e por duas rodadas, de forma interina, Marcelo Martelotte comandou o Peixe. Da 4ª rodada da fase de grupos até a final o comandante do Peixe foi Muricy Ramalho.
Outro
time campeão com três treinadores diferentes assinando a súmula foi o São Paulo
de 2005.
Começou
a campanha com Leão, que ficou nas quatro rodadas iniciais da fase de grupos.
Só que na 5ª rodada, após o título do Paulistão, Leão saiu e Milton Cruz
comandou o time interinamente. Da última rodada da fase de grupos até a final,
o Tricolor teve Paulo Autuori como treinador.
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