O Ministério
Público de Goiás está investigando uma suspeita de manipulação de resultados
nos jogos da Série B do Brasileirão do ano passado. Nesta terça-feira, um ex-jogador
de time goiano foi alvo de operação com mandado de busca e apreensão em Minas
Gerais.
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Um grupo
especializado teria buscado fraudar resultados de jogos da Série B do
Campeonato Brasileiro.
O objetivo
era influenciar apostas esportivas de altos valores. O esquema teria a
participação de jogadores profissionais de futebol.
Segundo o
MP, há indícios de que o grupo atuou em pelo menos três jogos da Série B no
final de 2022. Os investigados teriam movimentando mais de R$ 600 mil. Os nomes
dos alvos da operação, batizada de Penalidade Máxima, não foram divulgados inicialmente. Só que nomes começaram a vazar em alguns jornais da imprensa goiana.
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O Jornal O
Popular, de Goiânia, em matéria assinada por Paula Pereira, revelou um dos procurados: Romário,
ex-Vila Nova, foi um dos alvos da operação do Ministério Público de Goiás. O
jogador é um dos alvos de mandado de busca e apreensão da operação - não em
Goiânia, mas em Minas Gerais.
O jogador
concordou e depois desistiu de participar do esquema, mas recebeu adiantamento
por meio da conta do de outro jogador também do Vila Nova, que é investigado
por ter emprestado a conta para pagamento dos manipuladores.
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Segundo a
matéria do O Popular de acordo com dados dos investigadores, os apostadores
fizeram apostas casadas de pênaltis em três jogos da última rodada da Série B
do ano passado, que ocorreu entre 5 e 6 de novembro: Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio
Correia x Londrina.
Os pênaltis
só não ocorreram no jogo do Tigre. Na partida entre Sampaio Corrêa e Londrina,
houve, no primeiro tempo, pênalti para o Londrina, que foi marcado com recurso
do VAR, e o goleiro pegou.
No jogo
entre Criciúma x Tombense, também houve pênalti no primeiro tempo a favor do
Criciúma, e o goleiro do Tombense pegou.
Curiosamente,
dois dos três jogos naquele momento não interferiam nem em rebaixamento, nem em
vaga de acesso. Eram jogos apenas para cumprir tabela. Vila Nova e Sport valia uma
possível vaga de acesso para o time pernambucano, caso este goleasse o Vila
Nova por sete gols de diferença e o jogo Vasco e Ituano terminasse empatado - Sport sequer marcou gol no Vila Nova (jogo foi 0 a 0).
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De acordo
com a matéria do jornal O Popular, assinada por Paula Pereira, Romário topou participar do esquema,
mas recuou. O jogador ficou fora do jogo contra o Sport, não foi sequer
relacionado. De acordo com a investigação, nos termos do acordo, o atleta
deveria arranjar alguém para cumprir o combinado, neste caso.
Em novembro,
Romário foi dispensado do Vila Nova, rescindindo o contrato, mas a
justificativa do clube goiano foi apenas de que o jogador cometeu ato de indisciplina
grave.
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Foram
cumpridos mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão em Goiânia,
São João del-Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP)
e Porciúncula (RJ).
A
investigação apontou que o grupo convencia atletas a manipular resultados nas
partidas por meio de ações, como fazer pênalti no primeiro tempo dos jogos,
entre outras táticas.
Em troca, os
jogadores receberiam parte dos prêmios de apostas feitas. A estimativa é que
cada envolvido tenha recebido R$ 150 mil por aposta.
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