Um dos inúmeros
refrões de Roberto Carlos cabe perfeitamente nesta matéria: “Eu voltei, agora
para ficar!”. Bernardo Rezende, o Bernadinho, está de volta ao comando da seleção
brasileira de vôlei masculino. Aos 64 anos, o treinador foi escolhido como
substituto de Renan Dal Zotto, que pediu demissão após a classificação
brasileira para os Jogos de Paris 2024, em outubro. A informação foi divulgada inicialmente
pelo Jornal Nacional nesta quarta-feira.
Coordenador
das seleções masculinas, das equipes de base até a adulta, desde setembro deste
ano, Bernardinho não deixará a função. Ele vai acumular o posto com os cargos
de técnico da seleção masculina principal e do Sesc-Flamengo. Em abril do
próximo ano, ele vai comandar os primeiros treinos em Saquarema (RJ), em
preparação para a Liga das Nações, agendada para maio, no Rio de Janeiro.
Radamés
Lattari, atual presidente da CBV, classificou Bernardinho como solução ideal a
sete meses das Olimpíadas. “O Bernardinho tem qualidades indiscutíveis
tecnicamente. Tem experiência, fazia parte do processo como coordenador,
acompanhou o trabalho do Renan, então nada mais justo do que pensarmos no
melhor para o vôlei brasileiro. E neste momento a solução ideal é o Bernardinho”,
comentou.
Bicampeão
olímpico com a seleção, em Atenas 2004 e Rio 2016, Bernardinho retoma o cargo
que deixou justamente após a conquista do ouro nas Olimpíadas há oito anos.
A estreia de
Bernardinho será no Maracanãzinho, palco da sua última conquista pela seleção. Será
na Liga das Nalçoes, entre 21 e 26 de maio. Além do Rio, a equipe masculina do
Brasil também vai disputar a competição no Japão, e Manila, nas Filipinas.
Amigo de Bernardinho, Renan Dal Zotto deixou a seleção brasileira após a vitória sobre a Itália, por 3 sets a 2, no Maracanãzinho, no pré-olímpico que garantiu o Brasil nos Jogos de Paris 2024. Renan disse que tomou a decisão porque era "hora de dar uma pausa". Por decisão familiar e orientação médica pediu demissão.