Faleceu neste domingo, aos 73 anos o publicitário Washington Olivetto. Corintiano declarado, ele foi o grande responsável pelo movimento Democracia Corintiana, em um momento que o Brasil vivia sob a Ditadura Militar, mas alguns clamavam por liberdade de poder expressar tudo que sentiam. O publicitário estava internado no hospital Copa Star, no Rio, há cinco meses, por complicações pulmonares. Morreu de falência múltipla de órgãos.
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Foi vice-presidente de marketing e um dos fundadores do movimento Democracia Corinthiana, nos anos 1980.
O movimento, encabeçado por jogadores consagrados, como Sócrates, Wladimir, Casagrande, Biro-Biro, Zé Maria e Zenon, teve duração entre 1982 e 1984 e até hoje é lembrado por torcedores e pelo próprio clube.
“Se a gente for bastante honesto, vamos lembrar que esse time (do Corinthians) era muito bom, mas que existia outra equipe naquela época que era melhor, a do Flamengo. No entanto, o que virou história foi a Democracia Corinthiana, porque não era só futebol. Era o futebol atrelado à luta pela redemocratização do país”, disse, em entrevista ao Arena Sportv em 2013.
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Olivetto criou o slogan Democracia Corinthiana para o movimento político dentro do clube, que acabou promovendo mudanças estruturais na administração e no dia a dia dos jogadores e que teve a luta pelo fim da ditadura militar no Brasil como uma das principais bandeiras.
O Corinthians foi ainda um dos primeiros clubes a ter patrocínios estampados em sua camisa, viabilizados por Olivetto. Mas na Democracia Corinthiana, a ideologia marcava presença com recados aos torcedores como “Dia 15, Vote”.
Em 2013, a escola de samba Gaviões da Fiel, uma das torcidas organizadas pelo Corinthians, o homenageou em seu desfile de Carnaval, cujo tema foi a história da publicidade brasileira.
Ele também escreveu dois livros sobre o Corinthians.
Olivetto é autor de "Corinthians. É Preto no Branco" e "Corinthians x Outros".