Renato Marolla, lateral do Paulista, não irá jogar as próximas cinco partidas pelo Tricolor na Série A4 do Paulistão. O lateral pegou suspensão, pelo TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), na sessão que ocorreu nesta terça-feira. O jogador poderia ter redução de pena, caso ele não pudesse cumprir dentro da A4, o que não será o caso. Porém o clube teve uma vitória, ao ser absolvido no caso de homofobia, registrada em súmula, na partida contra a Inter de Bebedouro.
PUBLICIDADE
Marolla foi julgado pela sua expulsão contra o São Caetano, quando após a partida, segundo relatório da arbitragem do jogo teria cuspido em Di Bonito. Foi a primeira expulsão do atleta como profissioal na carreira.
Marolla esteve no julgamento, na 2ª Comissão Disciplinar, onde procurou se defender, além de imagens produzidas pela advogada do clube, Anna Beatrice Diedrich, para tentar livrar o atleta da pena.
Porém a 2ª Comissão Disciplinar decidiu punir o atleta com 6 jogos de suspensão pelo artigo 254-B (Cuspir em outrem). A decisão foi por maioria dos auditores, pela pena mínima no artigo – ele poderia pegar até 12 jogos de suspensão.
Como já cumpriu a automática, na 3ª rodada, contra o Penapolense, Marolla não joga as próximas cinco partidas: Barretos (fora, nesta quarta), Joseense (domingo, casa), Nacional (fora, próxima quarta), Colorado (casa, Sábado de Carnaval) e Araçatuba (fora, 7 de fevereiro).
PUBLICIDADE
O departamento jurídico do Paulista poderia recorrer da pena, para ele ser julgado no pleno do TJD, e até pedir um efeito suspensivo da punição. Porém para ter o jogador no 'mata-mata', caso o Galo esteja classificado, o departamento jurídico prefere que o atleta cumpra pena, e assim o treinador Fausto Dias tenha o elenco mais completo possível na fase final.
Porém o departamento jurídico do clube obteve duas vitórias.
A primeira foi que Lucas Silva foi absolvido, de forma unânime da sua expulsão contra a Inter de Bebedouro (por segundo amarelo) e com isso tem condições de jogar as próximas partidas.
A outra vitória é que o Paulista foi absolvido sobre o caso de homofobia registrado em súmula, na partida contra a Inter de Bebedouro.
PUBLICIDADE
No jogo da 5ª rodada, o árbitro Rafael de Souza, escreveu que ouviu aos 34min do 1º tempo gritos homofóbicos.
“Informo que aos 34 minutos de jogo, a partida foi paralisada devido a gritos homofóbicos vindos da torcida da Equipe do Paulista Futebol Clube, direcionados ao banco de suplentes da Equipe da Associação Atlética Internacional. Os órgãos competentes foram informados e tomaram as medidas necessárias. Após isso o jogo foi reiniciado normalmente”, escreveu o árbitro.
Porém a defesa realizada pela advogada do clube, Anna Beatrice Diedrich conseguiu provar que o Paulista não teve envolvimento no caso, e com isso o clube foi absolvido.
Na defesa, o clube alegou que rapidamente usou o sistema de som, para alertar os torcedores que não devem praticar atos discriminatórios ou de homofobia.
O Paulista corria risco de ser multado em até R$ 100mil, se os auditores da 2ª Comissão Disciplinar considerassem o clube culpado – o que acabou não ocorrendo.
