Segundo matéria publicada pelo site Teleguiado, do jornalista Leandro Sarubo, executivos na ESPN aventaram a possibilidade de demitir os comentaristas da Espn, após o Linha de Passe de segunda-feira, que realizou críticas pesadas a CBF, por conta da reportagem "As extravagâncias sem fim da CBF", da revista Piauí.
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De acordo com Sarubo, a demissão do editor-chefe Dimas Coppede, do apresentador William Tavares e dos comentaristas Gian Oddi, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida e Victor Birner, profissionais envolvidos na histórica edição do ‘Linha de Passe’ da última segunda-feira foi levantada já na terça-feira.
Executivos da Espn realizaram várias reuniões para entender como enfrentariam a insatisfação de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.
A opção pela demissão dos jornalistas perdeu força quando um funcionário que cuida da linha editorial do canal ofereceu a própria cabeça como forma de saneamento.
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O grande problema tem a ver com a Série B do Brasileirão, adquirida pela emissora na última sexta-feira. A CBF não é responsável pela comercialização dos direitos da Série B, porém ainda é temida por boa parte do mercado pela influência que é capaz de exercer nos bastidores do futebol. A venda dos direitos da Série B para o canal foi feita por uma agência de mídia.
Porém, temendo uma repercussão negativa com a dispensa da equipe do ‘Linha de Passe’, e como não havia risco da agência que comercializa a Série B dar pra trás no acordo firmado na última semana, a direção da Espn decidiu aplicar uma punição, que chamaram de mais branda – dois dias de suspensão para Dimas Coppede, William Tavares, Gian Oddi, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida e Victor Birner, que estiveram diretamente ligados no programa já histórico.
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Aos sites, a Espn ressaltou que não ocorreu censura. O canal alega que a reportagem da Piauí poderia ser abordada na grade, desde que a direção fosse informada a respeito.
Na tarde desta terça-feira, a CBF emitiu uma nota repudiando a possibilidade de ter pedido a demissão ou o afastamento de Gian e seus companheiros, afirmando que os sites que publicaram algo do gênero são mentirosos e levianos.
Agora é ver nos próximos dias, se qualquer erro na organização das quatro séries do Brasileirão por parte da CBF, ou erros de arbitragem, ou uma campanha ruim da seleção brasileira, haverá críticas dos jornalistas, comentaristas e narradores do canal.
