O futebol, por vezes, guarda suas ironias mais saborosas para os grandes clássicos. Neste domingo, no Maracanã, o protagonista do Fla-Flu foi justamente aquele que, dias atrás, sequer foi relacionado por Fílipe Luis nos dois últimos jogos Pedro, o camisa 9 que muitos davam como carta fora do baralho, entrou no segundo tempo e marcou o gol da vitória rubro-negra, aos 40 minutos da etapa final, em um carrinho dentro da pequena área, como manda o manual dos centroavantes oportunistas. Vitória Rubro-Negra por 1 a 0, pela 15ª rodada do Brasileirão.
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O lance decisivo foi construído por Luiz Araújo, que bateu escanteio na esquerda. Léo Ortiz desviou. Pedro, no tempo certo, se atirou na bola como quem se atira de volta aos holofotes. Gol de carrinho, de raça, de redenção. Um gol que garantiu mais três pontos ao Flamengo e manteve o time na perseguição aos líderes do Brasileirão. Para o Fluminense, a segunda derrota seguida na competição.
O destino, que parecia tê-lo deixado no banco das histórias recentes do clube, escolheu Pedro para ser o herói do clássico mais tradicional do futebol carioca. Uma ironia que só o futebol, com sua capacidade de virar páginas em 90 minutos, é capaz de proporcionar.
