Fausto Dias comemorou bastante a vitória do Paulista sobre o São Bento por 2 a 0 neste sábado, em Sorocaba. Porém ele quer também um pouco de paciência e calma dos torcedores até para entender os problemas que vem passando. No jogo deste sábado, dos 28 inscritos, ele somente pode usar 20, sendo três goleiros. Entre opções de meio-campo ofensiva ou ataque, o comandante do Galo somente tinha dois – Kayque e Choco.
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Por isso, ele pediu em entrevista a Rafael Mainini da Rádio Difusora que os torcedores tenham um pouco de calma e comecem a observar as escalações, inclusive os reservas, antes de fazerem críticas.
“Até dando uma satisfação para a torcida que me cobrou ali no processo (de substituição), é importante a torcida acompanhar a escalação, quem está no banco. Eu acho injusto me chamar de burro, de retranqueiro, se eu não tenho um atacante para trocar. Eu tenho que trocar e fechar a casinha, eu vim aqui para pontuar. Eu não tenho atacantes, pois estão machucados. O Vitinho está machucado. O Aslan está machucado. Nós tínhamos o Kaique, que ele pode entregar hoje esse tempo, 15 e 20 minutos. E a gente quer jogar para frente. A gente tem essa sabedoria de que a gente está preparando uma equipe, a gente está na evolução, e foi um jogo duro, né, do outro lado uma grande equipe”, disse Fausto, em entrevista a Rafael Mainini da Difusora.
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“Estamos trabalhando duro. É acho que foi uma grande vitória fora de casa, talvez não jogando o que o torcedor espera, mas competindo da forma que se deve honrar a camisa, né, competindo, colocando o pé na bola. E grande trabalho da nossa linha defensiva”, completou na entrevista a emissora de rádio de Jundiaí, que acompanhou a partida no Walter Ribeiro.
Fausto Dias abordou como foi o trabalho durante a semana com elenco enxuto. “Foi uma semana importantíssima para nós, onde depois de uma vitória (1 a 0 sobre o Guarani) a gente viu um crescimento nos treinamentos, mas com algumas limitações, especialmente atletas principalmente do setor ofensivo lesionados. Então a gente com um grupo (reduzido, mas que não abalou, não deixou cair nada, esses caras estão de parabéns, a entrega da semana”, afirmou em material enviado pelo departamento de comunicação do Galo após o jogo em Sorocaba, respondendo perguntas on-line dos jornalistas.
“Nós começamos ganhar esse jogo na segunda-feira, quando nós nos apresentamos, então talvez uma das melhores semanas nossas de trabalho, de entrega, de comprometimento, e nós transferimos hoje aqui essa entrega”, completou.
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Para ele a vitória deste sábado foi de todo o grupo de atletas.
“A vitória de hoje, não dá para a gente levantar um herói, eu acho que é do coletivo, é a entrega, com os jogadores cumprindo funções fora das suas posições de origem”, comentou.
Sobre o gramado do Walter Ribeiro, o treinador comentou que não teve uma preparação específica para um local que era visível que tinha diversas imperfeições.
“Sem dúvida o gramado atrapalhou um pouco a condição de jogo nossa, quem conhece nossa equipe sabe que é um time de circulação, de aproximação, que trabalha muita bola no chão, mas não teve uma preparação específica para isso. A gente sabia que o gramado não estava dos melhores, mas também não tinha noção que tivesse tão seco. E também alguns lugares, alguns lugares estava sem grama mesmo, então a bola ficou muito viva e deixou um jogo muito físico (...) Nós fomos adaptando ao cenário. Sofremos ali 17, 18 minutos e depois dominamos o restante do primeiro tempo e o segundo tempo quase todo sofrendo, mas adaptado, encaixado taticamente, mas não tenho dúvida que o gramado prejudicou um pouquinho o nosso modelo de jogo, nosso estilo de jogo”, contou.