O acidente que tirou a vida do atacante Diogo Jota, nesta quinta-feira, na Espanha, teve uma motivação trágica por trás da escolha do meio de transporte: o jogador português, de 28 anos, viajava de carro por recomendação médica, após passar recentemente por uma cirurgia no pulmão. Ele havia sido desaconselhado a embarcar em aviões devido ao risco à saúde.
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A informação foi divulgada pela CNN Portugal. Jota seguia viagem rumo ao Reino Unido, onde se reapresentaria ao Liverpool para o início da pré-temporada no dia 8 de julho. Ele partira de Portugal e pretendia chegar até Santander, no norte da Espanha, para então embarcar em uma balsa com destino ao sul da Inglaterra, evitando qualquer trajeto aéreo.
Durante o percurso, o carro em que ele estava saiu da pista após uma tentativa de ultrapassagem e pegou fogo, segundo relatos da Guardia Civil espanhola. No veículo também estava seu irmão, o também jogador André Silva, de 25 anos, que não resistiu aos ferimentos.
O Liverpool não havia divulgado publicamente a cirurgia pulmonar de Diogo Jota. A última informação médica conhecida remonta a 20 de outubro do ano passado, quando o jogador foi substituído com dores no tórax após uma colisão com o zagueiro Tosin Adarabioyo, do Chelsea, pela Premier League. O clube inglês venceu aquela partida por 2 a 1.
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Na época, Jota ficou cerca de dois meses afastado dos gramados, retornando ao elenco no período do Natal. Segundo o site The Athletic, o técnico Arne Slot tratava com extrema cautela o retorno do jogador, devido a uma "lesão no peito". Jota voltou a ter ausências pontuais ao longo do início de 2025, mas não se sabia da gravidade do quadro clínico.
A relação entre a lesão sofrida em outubro e a posterior cirurgia no pulmão ainda não está esclarecida, mas a escolha por evitar viagens aéreas indica que a recuperação exigia cuidados específicos. Infelizmente, o esforço por precaução terminou em tragédia.
O falecimento de Diogo Jota abalou o futebol mundial.
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Revelado pelo Paços de Ferreira e com passagens marcantes por Porto, Wolverhampton e Liverpool, o atacante também defendia a seleção portuguesa desde 2019, sendo peça importante nas campanhas recentes do time nacional.