Completou-se na última quinta-feira, 50 anos do 1º acesso na
história do Paulista. A vitória sobre o Barretos por 3 a 0, no estádio Palestra Itália, em São Paulo (hoje conhecida como Arena Palmeiras), no dia 6 de dezembro de 1968, completou-se 50 anos. O
jogo marcou a conquista de forma invicta por parte do Paulista na época da 2ª
divisão estadual (apenas o campeão subia). Mas uma conquista que começou em
1967, quando o Tricolor foi vice da Segundona, e uma “equipe B” foi campeã do
Amador do estado de São Paulo.
O acesso não veio em 1967, em virtude de uma derrota para o
XV de Piracicaba na fase final (derrota por 2 a 0, em jogo disputado em 12 de
janeiro de 1968). No mesmo ano, o time jundiaiense foi campeão de uma
competição importante na época: venceu o Campeonato Amador do estado de São
Paulo, ao ganhar do Matarazzo, na Rua Javari, por 2 a 0.
Após não conquistar o acesso em 1967, Roberto Picchi, presidente
do Paulista, se reuniu com alguns dirigentes e diretores do clube. No encontro
se definiu que a equipe base de 1968 seria formada por atletas campeões
amadores do estado, juntamente com sete atletas vindos do Guarani. Pouco tempo
depois, Picchi se licencia do cargo e Wanderley Pires aceita o convite para
comandar o clube em 1968.
A Segundona de 1968 começou em 30 de junho e foi com um
empate sem gols contra a Ponte Preta, fora de casa. A primeira vitória ocorreu
apenas na 3ª rodada - 3 a 1 sobre o Taubaté.
Nos dois turnos da fase de classificação, o Paulista teve
dois treinadores - Alfredo Ramos - dispensado após a vitória sobre a Esportiva
de Guaratinguetá e Armando Renganeschi - que foi dispensando antes da fase
final. Ambos curiosamente não perderam nenhum jogo.
Invicto, o Paulista foi a fase final que foi entre novembro e
dezembro - todos os jogos em São Paulo. E chegou um novo comandante: Alfredo Sampaio, o Alfredinho. Nos dois primeiros jogos, vitórias
sobre Francana e Ferroviário de Araçatuba. Na 3ª rodada, um sinal de alerta:
empate contra a Ponte Preta. No jogo seguinte, vitória contra o Bragantino por
3 a 2, e o acesso fica muito próximo.
A data: 6 de dezembro de 1968. Era uma tarde de sexta-feira.
Seria um dia normal em Jundiaí, mas se transformou em feriado na cidade. 13 mil
jundiaienses pegaram a estrada rumo a São Paulo. E eles ficaram alegres do
começo ao fim.
Com gols de Zé Luís, aos 37 minutos do 1º tempo, Mazolinha,
de pênalti, aos 41 minutos e Nilo Macedo (que dá nome a centro esportivo na
cidade, no Jardim Esplanada), aos 45 minutos, o Galo vence o jogo, conquista o
acesso e o título de forma invicta - único na história a conseguir tal proeza
até hoje no estado de São Paulo.