Presidentes
de clubes das Séries A e B do Brasileirão participaram de uma reunião na CBF
sobre a arbitragem do Brasileirão e Copa do Brasil. Na saída da reunião, em
entrevista a imprensa, a presidente do Palmeiras, jogou mais lenha na fogueira,
ao querer árbitros perfeitos no futebol. Na visão dela, não podem ter erros nenhum
dos apitadores.
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“Não
podemos banalizar o erro. Não pode errar (o árbitro). Sou presidente do
Palmeiras e de diversas empresas e trabalho para não errar. O erro não pode ser
exceção. Mas as pessoas tratam com muita banalidade. Não pode ser assim. O
árbitro não pode errar. Se errar ele tem que ser punido. Alguns erros merecem
uma reciclagem ou treinamento no profissional. Outros erros não, o árbitro
merece ser punido. Aí a gente vai ver que aconteceu, para que isso não ocorra”,
disse a atual presidente do Palmeiras, em um tom extremamente autoritário.
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Leila jogou
toda a culpa da eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil na conta da
arbitragem. “Estou aqui pleiteando que isso seja um divisor de águas para o
futebol brasileiro. Que isso não volte acontecer. Pois tiraram o direito do
Palmeiras de participar de um campeonato extremamente importante, com um
prejuízo milionário e um prejuízo esportivo grande. E como investidora ficou
preocupada, pois investidor procura credibilidade ao expor sua marca no futebol”,
declarou em tom que passou um pouco de soberba.
O
presidente da comissão de arbitragem, Wilson Seneme, admitiu a existência de
erros "inaceitáveis", nas palavras dele, ao longo do primeiro turno
do Brasileiro e na Copa do Brasil. A mea culpa aconteceu durante reunião com os
clubes das Séries A e B, na sede da CBF. O encontro desta terça-feira acontece
como marco após a conclusão da metade do campeonato, em um momento de muita
reclamação contra decisões de campo e do árbitro de vídeo.
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Alguns
dos equívocos recentes, por exemplo, foram no Palmeiras x São Paulo, que não
teve linha de impedimento traçada no lance do pênalti para o São Paulo na Copa
do Brasil, e uma marcação equivocada da linha no Ituano x Cruzeiro, na Série B,
para citar alguns.
O
discurso de Seneme tem como ponto de partida o período em que ele trabalhava na
comissão de arbitragem da Conmebol. O dirigente se remeteu a alguns dirigentes
que estavam no auditório e, por participarem dos torneios continentais, puderam
medir a alegada evolução dos árbitros sul-americanos.
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“A
referência de quando eu venho à CBF, aceitando o convite, era um grande desafio
de tentar reproduzir o mesmo modelo de gestão no Brasil. Não foi um sucesso
feito de um dia para a noite, de um minuto para o outro. Ocorreram erros
absurdos, sim. Muitos que ocorrem, inclusive, são inaceitáveis para vocês, para
nós e para o futebol. Na Conmebol, esse período serviu como um divisor de
águas. Essa reunião nossa aqui eu espero e tenho como objetivo que seja um
divisor de águas também para a arbitragem brasileira. Os equívocos que
ocorreram no primeiro turno, uns são de interpretação, que, com os árbitros
afastados ou não, podem ocorrer. Outros são inaceitáveis e têm que servir como
divisor de águas”, disse Seneme.
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Seneme
trouxe aos clubes detalhes de algumas medidas previstas no plano de ação
apresentado internamente quando a composição atual da comissão de arbitragem
foi montada. Segundo ele, haverá uma intertemporada da arbitragem, entre 1 e 5
de agosto, reunindo 95 árbitros.
Para
sanar algumas reclamações recentes dos clubes, Seneme prometeu um prazo mais
organizado para publicação de áudio e vídeo das principais checagens e revisões
do VAR. Para jogos da Série A, até 24 horas após a partida. Na Série B, 48
horas. A comissão de arbitragem da CBF ainda vai formalizar a criação de um
quadro chamado de VAR-CBF, com 128 árbitros homologados.
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