Fim dos tempos! STJD aplica pena maior ao agredido do que ao agressor por confusão

03/07/2024 - 14:09

Se você acha que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva é um órgão que faz Justiça, pode tirar o cavalinho da chuva. Pois ele não a fez. Os auditores do STJD tiveram a ‘cara de pau’ de aplicar uma pena maior ao agredido do que ao agressor por uma confusão em jogo do Brasileirão.

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Felipe Melo, zagueiro violento e descontrolado do Fluminense, foi suspenso por apenas uma partida – está já cumprida, pelo empurrão covarde e desnecessário que aplicou no assessor de imprensa do Atlético-GO.

Agora o funcionário do Atlético-GO foi suspenso por 15 dias – convertido em jogos no calendário atual do Brasileirão seriam quatro partidas.

Os auditores do STJD resolveram proteger o ‘raivoso’ e ‘desqualificado’ atleta do Fluminense da denúncia de "agressão" – que poderia render até 12 jogos de suspensão e a converteram para "ato hostil" – onde Felipe Melo teve a pena mínima.

Felipe Melo esteve presencialmente e ainda teve a cara de pau na audiência de negar que tenha agredido o assessor (mesmo as imagens dizendo o contrário).

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Pesou contra o assessor do Atlético-GO o fato dele ter invadido o campo na visão dos auditores – um deles chegou dizer que, caso isso não tivesse ocorrido, Felipe Melo não teria dado um empurrão no funcionário. Porém o assessor do Atlético-GO estava realizando o seu trabalho (já que nos acréscimos das partidas, os assessores de imprensa tem acesso a perto da linha lateral, por conta das entrevistas pós-jogo para tv) e seu único erro foi comemorar o gol da vitória do seu time no último lance da partida. 

“Eu fui tomado por uma emoção ao ver a equipe em que eu trabalho, a equipe que eu represento há cerca de anos, vence um jogo no maior estádio de futebol do mundo. Os jogadores reservas passam correndo, eu os acompanho, dou a volta e saio de novo e vou atrás já com o celular na mão. Em nenhum momento eu olho para provocar, eu olho para alguém para provocar. Fui tomado pela emoção de ver o meu time fazendo o gol. Reitero que em nenhum momento provoquei. Estava muito feliz naquela situação, com a vitória do clube que eu represento e jamais quis ofender tanto o atleta, quanto a equipe adversária. Foi um momento de explosão e de muita felicidade”, falou o assessor em seu depoimento, que foi completamente ignorado pelos ‘deuses’ do STJD.

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A decisão causou revolta à defesa do Atlético-GO. O advogado Filipe Oliveira a classificou como uma "inversão de valores".

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