A Fifa quer saber todos os detalhes da transação de Cléber,
vendido pelo Corinthians para o Hamburgo, da Alemanha, em agosto do ano
passado. O zagueiro, revelado no Paulista, foi negociado por 3,1 milhões de
euros, R$ 9,3 milhões, mas o alvinegro não teve direito a nada.
A entidade máxima do futebol, por meio de seu comitê
disciplinar, enviou um questionário ao clube paulista, no fim de 2014, para
tentar entender como se deu a transferência. Depois que rescindiu com o time do
Parque São Jorge, o jogador ainda foi inscrito pelo SEV/Hortolândia, principal
alvo do interrogatório da Fifa. Pelo registro da Federação Paulista de Futebol,
a equipe conta com apenas 13 inscritos.
A desconfiança é de que o clube (SEV/Hortolândia) tenha
servido apenas como uma ponte para a transação. A negociação foi feita pelo
empresário do atleta, Fernando Garcia. No ano passado, cinco times
sul-americanos foram punidos.
"Não posso falar sobre esse caso, porque não o conheço.
O que posso dizer é que a Fifa sancionou no ano passado dois times uruguaios e
três argentinos. Eram clubes que federavam sem intenção desportiva, o que
configurava uma operação ponte. Isso gerou sanções para os times, por irem
contra as regras", explicou Marcos Motta, advogado especialista em direito
desportivo.
"Eles tomaram multas que variaram entre 50 e 150 mil
dólares e estão sem poder fazer registro de jogadores por um ano. A Fifa agora
está olhando o que o Brasil está fazendo e deve divulgar punições em
breve", completou. Se essa for mesmo a conclusão da Fifa, o alvinegro não
tem chance nenhuma de ser punido, apenas o Hortolândia. Muito menos o Paulista.
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Coluna Dois Toques