O sentimento estampado no semblante de cada atleta, técnico
e incentivadores contagia pela alegria, determinação e expectativa pela
adrenalina do desafio vencido. O resultado em terras distantes motiva, mas a
árdua trajetória para fazer parte do grupo que vai estar na Special Olympics
(Jogos Mundiais Olímpicos Especiais), em Los Angeles, nos Estados Unidos, já é
uma vitória. E esse entusiasmo dos atletas de Jundiaí que vão defender o Brasil
ficou ainda mais evidente com os votos de boa sorte do prefeito Pedro Bigardi
durante a visita na manhã nesta terça-feira (14).
“É um exemplo extraordinário para todos nós. São pessoas
vencedoras, que representarão com dedicação e amor o nome do Brasil e de
Jundiaí. É uma experiência única de inclusão”, diz o prefeito.
O secretário de Esportes e Lazer, Cristiano Lopes, também se
despediu da equipe jundiaiense com votos de boa sorte e ressaltou a importância
da competição. “É uma experiência sem limites em que estes atletas vão disputar
competições de alto rendimento, além de interagir com novas culturas e atletas
do mundo inteiro”, comenta.
A Special Olympics envolve 7 mil atletas com deficiência
intelectual de 180 países filiados. O segundo maior evento esportivo do Planeta
(só fica atrás das Olimpíadas) está marcado de 25 de julho a 2 de agosto.
A delegação brasileira, que terá todos os custos bancados
pelo Ministério dos Esportes, embarca com 53 pessoas. Os atletas são dos
estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, que participaram de uma espécie
de eliminatórias ao longo dos últimos quatro anos. “Não é fácil chegar à
Special Olympics. Além de competirem, os classificados são sorteados”, explica
Tereza Leitão, coordenadora geral da modalidade de tênis no evento.
Os atletas de Jundiaí que vão a Los Angeles são Ruy
Carneiro, acompanhado por Dalva Pompermaier; Ana Paula Loro, que disputa a
bocha sob orientação do técnico Carlos Magno Pezzatto e Gustavo Padovani
participa da natação. Ele viaja com a técnica Eliane Martho.
Os representantes de Jundiaí encontraram o caminho do
esporte e ganharam gosto pelas competições por meio do trabalho desenvolvido
pelo Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas (Peama). “É um evento
em que a filosofia se aproxima de competições como os Jogos Olímpicos. Isso nos
deixa orgulhosos, já que nosso projeto é voltado à esta filosofia também”, diz
a diretora do Peama, Denise Silva Neves.
E Denise tem razão. Os Jogos Mundiais Olímpicos Especiais
nasceram em 1968, em Chicago, nos EUA, depois que a professora de educação
física Anne McGlone Burke idealizou uma competição esportiva pontual para
pessoas com deficiência intelectual. O evento seria dos moldes dos Jogos
Olímpicos. A partir disso, à Special Olympics só cresceu.
Para se ter uma ideia, a Special Olympics é única competição
autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizada a usar
olimpíadas em sua designação. A entidade não tem fins lucrativos e defende ao
mundo o lema “Posso vencer, mas se não conseguir, que tenha coragem de tentar.”
É justamente com este lema que os jundiaienses estão prontos para embarcar.
“É minha primeira viagem aos Estados Unidos. Estou muito
contente para disputar os jogos e vou trazer a medalha de ouro”, aposta a
atleta da bocha, Ana Paula Loro.
Site da Prefeitura de
Jundiaí