“Confuso” em certos momentos, Paulista sofre empate em casa e continua no Z-6

Por Thiago Batista - 27/02/2016 - 22:04

“Confuso” em certos momentos, Paulista sofre empate em casa e continua no Z-6

Fotos: Thiago Batista - Esporte Jundiaí

Um time inconstante nos primeiros 45 minutos: apresentou bons momentos no jogo, até certo domínio sobre o adversário, mas com um sistema defensivo que em vários momentos assustou a torcida no primeiro tempo. Mas nos 45 minutos finais, apresentou uma equipe que não conseguia segurar a bola no ataque, privilegiou em certos momentos os dribles, do que troca de passes para quem sabe mais perto da hora ter uma chance mais clara de finalizar. E o sistema defensivo, onde mesmo com atletas improvisados, os jogadores procuravam não guardar posição, e deixavam buracos. E no momento que o time tinha um jogador a menos, em um setor importante da equipe, ninguém foi “cobrir” o buraco do companheiro lesionado, e o empate ocorreu.

Foi este o panorama do Paulista no jogo deste sábado contra o Mirassol, no Jayme Cintra, igualdade por 1 a 1, pela 9ª rodada da primeira fase da Série A2, resultado que faz o Tricolor permanecer na zona de rebaixamento (o chamado Z-6), ocupando a 15ª colocação com 9 pontos, agora não mais igualado em pontuação com o primeiro time que está fora de rebaixamento, e sim um ponto o Galo está de diferença, já que a Portuguesa, está em 14º com 10 pontos. O Mirassol, com o empate, caiu de segundo para o quinto lugar, com 17 pontos, mas mantendo o seu objetivo: permanecer na zona de classificação a Série A2. O time da região de São José do Rio Preto está 3 pontos acima do primeiro time fora do G-8, o Guarani. O Bugre campineiro, próximo adversário do Paulista, na terça-feira, no Brinco de Ouro.

Primeiros 15 minutos de equilíbrio

No primeiro lance do jogo, o torcedor do Paulista percebeu o que ele passaria durante o jogo. Logo na saída de bola, o Galo perdeu a bola, com Cleber dando espaços no seu setor. Wagner, esperto foi logo no espaço deixado pelo camisa 6, e puxou o Mirassol para rápido contra-ataque, que Renatinho finalizou com perigo e Iago (substituindo Ian – vetado pelo departamento médico) fez a defesa. Isso com 30 segundos.

Mas aos poucos o Galo foi ganhando terreno. Ocupando devidamente os seus espaços, exceto o buraco na parte defensiva da lateral-esquerda, mas pouco entrava na área, muito graças à boa marcação do Mirassol, mas também Cajano, que da intermediária, chutava a bola, sem pensar duas vezes, mas levando pouco perigo.

Cajano que na partida deste final de semana jogou como atacante, alternando com Mamadeira de posicionamento nas pontas. Ariel foi o centroavante do time, mas não ficava centralizado dentro da grande área adversária, e sim buscava também o jogo, recuando para a meia-lua e em alguns momentos até para as pontas. A melhor chance do Galo antes dos 20 minutos do primeiro tempo foi com Alan Bahia, em cobrança de falta no lado esquerdo da entrada da área, que a bola bateu na rede....... do lado de fora.

Gol de Mamadeira

Aos 18 minutos, em passe de Felipe Piovesan, Mamadeira saiu do centro para a ponta-direita, e na frente do goleiro Edson, o driblou, e antes que a bola saísse pela linha de fundo, o camisa 10 do Galo chutou para o gol e fez 1 a 0. Um golaço.

E quando era para fazer o adversário sentir o golpe, o Paulista tratou-se de fechar, exceto o lado esquerdo, onde Cleber, em uma tarde infeliz, ou perdia a bola no ataque e deixava espaços, ou errava o seu posicionamento no setor defensivo, mas nunca marcando como lateral-esquerdo. Sorte que o Mirassol, mesmo com mais domínio, principalmente com os meias-armadores Xuxa e Renatinho em cada lado do campo tentando organizando, o “Amarelão” só levou perigo duas vezes, com Luís Fernando, em chute da direita, e Wagner, ganhando de Cleber na velocidade, e chutando a bola na rede......do lado de fora.

Nos dez minutos finais, o Paulista chegou duas vezes com boas chances de marcar, em finalizações de Piovesan e Ariel, ambas do lado esquerdo da entrada da área, mas que o goleiro do Mirassol fez a defesa.

Branquinho na zaga

No segundo tempo, por motivo de lesão, o zagueiro Rafael Mateus teve que sair da partida, sendo o terceiro defensor dos quatro inscritos na Série A2 a se machucar nos últimos dias. Com nenhuma opção como zagueiro no banco, e com apenas Matheus Barbosa como jogador da função dentro de campo, Beto Cavalcante teve que improvisar. Optou pelo lateral Branquinho fazendo o lado direito da zaga, com Matheus, que no primeiro tempo jogou pela faixa direita, mudando para o lado esquerdo da zaga.

Nos primeiros 15 minutos, o Mirassol pouco ameaçou o Galo, pois o treinador Moisés Egert, mexeu e errado no seu time. Ele sacou o lateral (experiente) Paulo Sérgio, colocando o meia Fagner no seu lugar. Fagner foi para o meia e o volante Mateus Silva indo para a lateral-direita de maneira improvisada, e colocando 3 armadores no time, sendo que Xuxa jogava atrás do centroavante.

Só que o Galo levou a melhor nos primeiros momentos da etapa inicial, pois Mamadeira ganhou todas do volante improvisado. Mas o camisa 10 em alguns momentos queria dar um toque a mais na bola, e quem fazia a cobertura de Mateus, ou roubava a bola, ou atrapalhava o atacante do Galo em concluir a jogada.

Paulista sofre gol quando tinha dez jogadores em campo

E quando o treinador do Mirassol corrigiu o seu time, colocando mais um atacante na equipe (Murilo no lugar de Lucas Carvalho), o “Amarelão” dominou a partida. E para a infelicidade do Paulista, a equipe aos 22 minutos levou um gol, quando estava com dez em campo. Com Cleber sendo atendido pelo departamento médico (ele depois foi substituído após o tento do rival pelo meia Edinho). E foi justamente pela faixa esquerda da defesa do Galo, que Wagner recebeu, invadiu a área e na saída de Iago, chutou fraco, mas o bastante para marcar o gol da sua equipe.

E o Mirassol após o gol, até seguiu com domínio, mas o seu ataque sem folego, não continuava as jogadas organizados pelo seu meio-campo. No fim, o Paulista na base do abafa e na garra de alguns jogadores, que até deixavam certos espaços no time (Branquinho saia da zaga e ia para lateral-direita, e o improvisado lateral direito Arthur ia para o meio-campo tentar organizar a saída do time, e apenas Matheus Barbosa como zagueiro), tentou o gol, mas somente teve uma chance, com Jader (que entrou no segundo tempo) em finalização que acertou o travessão. No fim, o Paulista saiu reclamando da arbitragem de um pênalti não marcado sobre Mamadeira, no último lance do jogo.