A reunião da Série B do Campeonato Amador de Jundiaí era
para discutir o regulamento da competição. Mas quase em nenhum momento do
encontro foi discutida as regras do campeonato. A Liga quis colocar o seu lado
perante a pedidos de verba de arbitragem, situação documental, situação
jurídicas nos processos que enfrenta, calendário da temporada e gastos que tem.
Os clubes perguntaram sobre gastos da Liga, quem faz parte do atual momento da
Liga, porque a entidade perguntou para 24 clubes na Série A em 2018 e não 18
como era inicialmente e especialmente se terão que pagar ou não a taxa de
arbitragem. No fim, mesmo alguns dirigentes lendo a minuta de regulamento,
quase não ocorreu o questionamento do item principal: afinal quantos times
sobem da Série B de 2018 para a Série A de 2019? Coube a um jornalista (este
que escreve a matéria) a pergunta ao presidente da Liga, que informou que serão
quatro clubes os que sobem de divisão, ou seja, os semifinalistas do torneio,
já que mesmo em minuta, não havia este item no regulamento. Também é digno de
nota, que a Liga deixou para os clubes lerem o regulamento, sugerem adaptações
ou inclusões no regulamento. O lado bom: a reunião durou mais de 2 horas.
Pontos falados pela Liga Jundiaiense de Futebol (todos ditos
pelo presidente da Liga, Serginho Aguiar):
- A Liga Jundiaiense disse que no dia 22 de janeiro
apresentou documento sobre calendário, que pediu o mínimo de 8 campos para a
temporada 2018 para o futebol amador e um documento anexado para a Unidade de
Gestão de Esporte e Lazer solicitando uma verba de arbitragem no valor de R$
127.720,00 para as Séries A e B do Campeonato Amador. A Liga Jundiaiense de
Futebol alega que a Prefeitura, através da Constituição, que garante saúde,
educação, lazer e esporte aos seus munícipes deveria a pagar a arbitragem do
Amador.
- A Liga Jundiaiense alega que pediu a verba de arbitragem e
que a Prefeitura de Jundiaí não pediu nenhum documento a Liga Jundiaiense. A Liga Jundiaiense de Futebol também disse que
pediu em contra-partida assumir as competições como Aberto sub-15 e 17 ou o
Regional da Prefeitura, mediante o Marco Regulatório
- Sobre a arbitragem, a Liga Jundiaiense gostaria que a
Prefeitura realizasse uma licitação incluindo o Campeonato Amador, junto com as
competições que a Prefeitura organiza para escolha da equipe de arbitragem,
deixando a responsabilidade do pagamento para a Prefeitura
- Calendário de 2018: 1º semestre – veteranos (máximo de 20
times), máster (máximo de 12 times), Série B (36 times) e Série A (24 times);
2º semestre – Semifinais e finais das Séries A e B e Supermaster 55 (máximo 12
times)
- Liga definiu que nesta terça-feira solta a relação final
de clubes participantes da Série B, sendo que todos estes participantes estão
regularizados. Quem não estiver regularizado e não estiver na listagem estará
fora da competição. A Liga pretende divulgar a lista às 16h desta terça-feira
- Liga Jundiaiense de Futebol está registrada em cartório
depois de 28 anos (toda documentação está no 1º Cartório). Serginho Aguiar
disse que falta aceita apenas o cadastro da Liga na Receita Federal, já que a
entidade consta na RF em um endereço na região central de Jundiaí
- Apesar de não estar incluso no regulamento nesta 1º
minuta, será incluído a obrigatoriedade de os times terem 2 dois jogadores até
23 anos.
- Liga Jundiaiense deseja que os clubes tenham CNPJ ainda em
2018 para poder arrecadar dinheiro através da Lei de Incentivo Fiscal (empresas
destinariam parte do imposto aos clubes). Para isso, a Liga fará incentivos dos
clubes de atualizarem seus estatutos e terem o CNPJ e para isso irá
disponibilizar advogados para fazer está mudança. A entidade pretende que pelo
menos 30 dos 60 participantes das Séries A e B e já façam essa adequação. Antes
da 1ª rodada, a Liga enviará aos clubes um kit sobre como proceder com estas
mudanças e também manual de conduta no campeonato
- Para o presidente da Liga Jundiaiense, comunicados da
entidade via Whatsapp e Facebook são meios oficiais de comunicação
- O presidente da Liga Jundiaiense disse que a entidade
participou de uma reunião com a Prefeitura sobre o Marco Regulatório e que a entidade
foi surpreendida com a reunião com os clubes. Palavra do presidente na reunião
aos dirigentes participantes. “Eles estarão querendo tirar a responsabilidade
deles, e passar para os clubes”.
- Reversão de atletas profissionais será feita na Liga, o
pagamento deverá ser feito na entidade e nada será feito na Federação Paulista
de Futebol. Apenas 3 atletas profissionais ou ex-profissionais poderão atuar na
Série B de 2018
- Romão de Souza não é liberado para o Campeonato Amador,
pois segundo Serginho Aguiar, o Jamaica “dava trabalho”
- Previsão de inicio do campeonato: 2ª quinzena de abril
- No dia 27 de março, a Liga Jundiaiense irá ao Ministério
Público. Segundo, Serginho Aguiar, o pedido do MP é para esclarecer sobre uma
subvenção feita em 2015 pela entidade no valor de R$ 5mil. Segundo o presidente
da Liga, o Ministério Público alega que esta subvenção não pode ser para cobrir
gastos de arbitragem, e sim apenas energia e água, mas segundo o próprio
presidente, o estatuto da Liga autoriza o uso de subvenção de verba pública
para cobrir gastos de arbitragem
- Eleição do conselho disciplinar da Série B terá a
participação de 3 dirigentes, juntamente com advogados da Liga Jundiaiense
Pontos questionados pelos clubes (no qual o presidente da Liga procurou responder)
- Porque a Série A de 2018 terá 24 clubes e não 18 clubes
como se previa. Presidente da Liga disse que os clubes que haviam sido “chamados”
no lugar dos times inicialmente excluídos poderiam permanecer, pois tinham
dinheiro, mesmo como “suplentes”. Clubes que questionaram não se convenceram
com os argumentos do presidente da Liga
- Clubes questionaram se terão que pagar a taxa de
arbitragem em 2018. O presidente da Liga Jundiaiense de Futebol disse que a
responsabilidade é da Prefeitura, pois eles prometerem. Neste momento da reunião,
Serginho Aguiar pediu apoio dos clubes quando conversarem com gente da
política, e não trocar qualquer voto por um apoio político, e que os clubes
sejam unidos por este apoio político
- Equipes perguntaram se haverá premiação em dinheiro aos
melhores do campeonato, e a entidade disse que não, apenas haverá premiação em
troféus e medalhas aos dois primeiros da Série A
- Perguntado sobre quem faz parte da atual administração da
Liga e seu organograma, Serginho Aguiar, presidente da Liga Jundiaiense, disse
que 7 pessoas fazem parte da administração da entidade neste momento e que pelo
estatuto até 28 pessoas fazem parte da Liga. Mas será votado uma mudança no
estatuto ainda este ano, onde serão eleitos um conselho até 5 pessoas, todos
com mesmo poder de voto, e o presidente somente exercerá seu poder de voto, em
caso de empate no conselho
- Clubes perguntaram sobre punições a brigas que ocorrerem:
caso seja atleta ou atletas apenas que participem, somente jogadores serão
suspensos, caso um dirigente participe de uma briga, o clube do dirigente que participou
o ato será excluído do torneio
- Equipes perguntaram se a Liga Jundiaiense não poderia
enviar um representante a cada campo, em todas as rodadas. Serginho Aguiar,
presidente da Liga, disse que os diretores da entidade estão conversando sempre
com os árbitros, auxiliares e anotadores a todo momento da rodada, quando algum
problema ocorre
- Súmulas para conferência na internet: Liga Jundiaiense não
irá disponibilizar, pois segundo Serginho Aguiar, este tipo de documento não
deve ser exposto. Liga Jundiaiense deixou claro que a responsabilidade do
controle dos cartões será dos clubes e não irá informar o controle de cartões.