A carateca Brenda Eduarda Sá Oliveira completou 18 anos em
outubro de 2018. Desde janeiro, ela vive em Jundiaí e aprimora sua técnica com
o professor Anderson Bogniotti (Ton) na Kakaton Academia. Brenda teve um ano de
bons resultados e espera que, na próxima temporada, possa não só chegar à
seleção brasileira principal (sênior) como representar o Brasil na 18ª edição
dos Jogos Pan-Americanos, que acontece no ano que vem em Lima, no Peru.
Nascida em Presidente Prudente, a talentosa carateca (que
integra a equipe nacional desde os 12 anos, além da seleção paulista, através do
Projeto Olímpico São Paulo) se prepara para participar do Pré-Olímpico de
Vitória-ES, em dezembro, no qual competirá no katá (luta imaginária) e no
kumitê (a luta propriamente dita).
“Se vencer, estarei na seleção principal e tentarei ganhar a
seletiva do ano que vem, em março ou abril. As melhores desta seletiva e do
ranking brasileiro vão ao Pan, um dos grandes objetivos de minha carreira”,
disse.
Brenda lembrou que também sonha em representar o Brasil nos
Jogos Olímpicos, mas não na próxima edição, em Tóquio, em 2020, e sim na de
Paris, em 2024. “Para o evento do Japão, será difícil conseguir pontos no
ranking, pois ainda não integro a seleção principal. Meu plano é estar bem
preparada para os Jogos de Paris”. Vale lembrar que o caratê estreia como modalidade
olímpica em 2020, assim como o surfe, escalada, beisebol e skate.
A temporada 2018 foi muito boa para a atleta de 18 anos, que
tem “fome de títulos”. Ela vestiu o quimono pela primeira vez aos oito anos de
idade. Brenda fazia ginástica e gostava das provas do solo e das barras
paralelas. Gostou do caratê e acabou trocando de esporte também para defesa
pessoal. Este ano, ela faturou a medalha de bronze no Pan-Americano da
modalidade, no Rio de Janeiro, e um ouro e duas pratas no Brasileiro de Belo Horizonte.
Brenda subiu no lugar mais alto do pódio no kumitê e foi
segunda colocada no katá (no absoluto, que mistura atletas com 16 anos ou mais,
e na categoria júnior, de 16 e 17 anos). “Tenho muitas chances de vencer o
Pré-Olímpico de Vitória. Estou bem física e tecnicamente. Venho trabalhando com
o Ton para ter mais tranquilidade no katá, controlando minha ansiedade. No
campeonato de dezembro, o nível será bem alto. A cada luta, terei que matar um
leão por vez”, brincou a carateca, que é tetracampeã brasileira, tricampeã
sul-americana e bicampeã do Mundial Escolar, além de ter faturado vários
títulos paulistas.
A lutadora entende que, se entrar na seleção brasileira
principal e for para o Pan de Lima, em 2019, sua carreira vai mudar bastante.
“O evento vai me abrir um amplo leque de opções, inclusive com novos
patrocinadores. Será um ‘up’ na minha vida. Até lá, preciso treinar bastante. O
Ton é um paizão para mim e está do meu lado sempre. Tenho orgulho de trabalhar
com ele, que tem sido essencial em minha carreira”.
“A Brenda teve uma evolução muito rápida este ano. Ela está
pronta para brigar por um lugar na seleção brasileira sênior, tanto no katá
quanto no kumitê”, disse o professor da jovem. “Ela tem boa técnica nas duas modalidades e
boa capacidade de rapidamente assimilar a informação de que precisa corrigir um
determinado movimento. Confio bastante no talento da Brenda”, completou o
técnico da jovem.
Ambos integram o Time Jundiaí, que representa a cidade em
competições regionais e nacionais. Entre 13 e 24 de novembro de 2018, o Time
Jundiaí disputará os Jogos Abertos do Interior em São Carlos, com Brenda
buscando mais medalhas para sua coleção.
Fotos: Divulgação Kakaton Academia