A manhã de sábado foi de intensas atividades no Bolão. Com a
realização da 21ª edição do Festival Regional de Tênis (Frete) e a 3ª edição do
Festival Regional de Basquete sub-12, o espaço recebeu famílias e atletas de
diversas cidades para as competições. As atividades, organizadas pelos
departamentos da Unidade de Gestão de Esporte e Lazer e Programa de Esportes e
Atividades Motoras Adaptadas (PEAMA) objetivam ampliar a interação entre os
alunos e difundir as oportunidades de práticas esportivas disponíveis
gratuitamente na cidade.
Foi nas quadras de tênis do Bolão que o Peama nasceu e, por
isso, o Frete é um dos eventos mais esperados pelos alunos. “O tênis está
relacionado com a história do PEAMA e integrar outras cidades na participação
da atividade é o resultado de um trabalho com mais de 20 anos”, comenta o
diretor do departamento de esportes adaptados, César Munir.
Com a participação de delegação da cidade de Limeira, da
Associação de Reabilitação Infantil Limeirense (Aril), as partidas de tênis
contaram com categorias diferenciadas para a participação dos 48 inscritos. Na
quadra regular os competidores realizaram partidas unificadas, ou seja, pessoa
com deficiência e convidado. Já nas partidas em quadras reduzidas, as
habilidades foram exigidas em saques e iniciação.
Ramira Oliveira, 19 anos, é aluna da Aril e pela primeira vez
esteve em Jundiaí. “Eu gosto muito de tênis e já treino há algum tempo. Também
jogo basquete na minha cidade”, conta a moça, ao lado do colega Vinícius
Marcelino, 20 anos. Ele, além do tênis, também treina futebol pela associação
limeirense e joga na posição de atacante.
Luciano Carvalho de Matos, 37 anos, é aluno do PEAMA. “Eu
torço pela conquista dos colegas. Nunca participei de competição internacional,
mas a vitória dos amigos, é a minha vitória. Comemoramos juntos”, explica o
rapaz.
Mãe de duas crianças alunas do Peama (André e Clara), Kalinca
Andrea Timponi Ritoni, destaca a importância do evento. “Os festivais
promovidos pelo Peama proporcionam interação, desenvolvimento da autoestima e
autonomia. Meus filhos participam e toda a família participa junto”, comenta.
Basquete
O 3º Festival Regional de Basquete sub-12 reúne cerca de 20
núcleos de treinamento da modalidade de Jundiaí e cidades do entorno. De acordo
com a educadora esportiva Mariana Antonelli, mais de 200 crianças participaram
da atividade, que é realizada a cada três meses, em Jundiaí. “A intenção é
difundir a prática esportiva entre as crianças. O município conta com espaços
gratuitos para a prática de basquete e de outras modalidades”, explica.
Nelson Vecchi Júnior, 46 anos, é pai de Natália Cardoso, 10
anos, e a acompanha em todas as competições que a garota participa. “O esporte
mudou a vida da minha filha, com valores, companheirismo e a própria atividade
física. Ela treina quase todos os dias”, conta, orgulhoso. A menina sabe bem o que
quer com a modalidade. “Meu objetivo é me tornar profissional e viajar o mundo
jogando basquete e representando o Brasil nas competições”, explica.
Caçula na turma da modalidade do Bolão, Lucas Mango, 9 anos,
também se vê como profissional. “Eu quero seguir a carreira como jogador. Já
tenho o meu irmão, que tem 13 anos, que está jogando comigo”, comenta o menino.