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O atacante brasileiro
Joaelton, que atua no Real Estelí, da Nicarágua, e que no ano passado vestiu a
camisa do Paulista, queixou-se na segunda-feira passada em carta enviada à imprensa
local de ter sido alvo de "comentários racistas" por parte de outros
jogadores e da torcida. "De forma constante, tenho sido vítima de
comentário racistas durante as partidas, nas quais o público e até alguns
jogadores me chamam de macaco", denunciou o atleta de 24 anos, que foi
revelado no Paulista de Jundiaí e passou pelo Taubaté antes de se transferir
para o futebol nicaraguense.
Joaelton, que vem sendo
criticado por ter protagonizado lances violentos desde que chegou ao Real
Estelí, disse que não pretendia "justificar a má atitude" que teve em
alguns jogos, mas ressaltou que as ofensas racistas afetaram seu rendimento em
campo e sua concentração.
Helmut Hurtado, dirigente
do clube do brasileiro, contou que não foi a primeira vez que jogadores
estrangeiros são vítimas de racismo. "Infelizmente, nunca houve punições
para esse tipo de ofensas. Isto não deveria acontecer no nosso país. Medidas
precisam ser tomadas para acabar com este problema", afirmou.
Joelton foi punido pela
federação local há duas quartas-feira por ter reclamado da arbitragem e ter
feito gestos inapropriados em direção à torcida adversária. Na ocasião, o
jogador pediu desculpas pela sua atitude, alegando que perdeu a cabeça
"por causa da adrenalina na partida e da frustração por não poder ajudar
meus companheiros".