Moicanos estilosos, topetes estranhos, adereços
inusitados. Os jogadores de futebol costumam dar uma atenção especial ao
cabelo, tentando criar uma identidade ou lançar moda. Pois bem, com o zagueiro
do Sport Wiliam Rocha (ex-Paulista) não foi diferente. A cabeleira volumosa se
destaca nos treinos e jogos. E se engana quem pensa que a semelhança com outro
ídolo do mundo esportivo é mera coincidência. O rubro-negro, que também curte
basquete, se inspirou no jogador da NBA Anderson Varejão para adotar o visual.
"Assistir a Anderson Varejão nas quadras e ver como
a torcida interagia com ele despertou minha vontade de ter o cabelo
grande", explica. A semelhança lhe rendeu até presentes como uma camisa do
astro do Cleveland Cavaliers, que o jogador guarda com cuidado na sua coleção.
Mas a relação de William Rocha com o mundo do basquete
vai além do estilo. Tudo começou na concentração do Jundiaí, time defendido
pelo zagueiro quando ele tinha apenas 17 anos. Dividindo o quarto com um amigo,
era natural que os dois revezassem a posse do controle remoto e, como o
companheiro era fã de basquete, o rubro-negro terminava tendo que assistir às
partidas da NBA também e assim foi pegando gosto pela modalidade.
De acordo com o próprio zagueiro, ele está longe de ser
um expert em NBA, mas sempre que pode assiste aos jogos da liga americana e da
seleção brasileira. "Até hoje, sempre que tenho tempo, acompanho. Nas
Olimpíadas, vi os jogos da seleção brasileira contra a Rússia, a Argentina, a
China e a Espanha. Acho um esporte muito interessante e tenho curiosidade de
aprender", revela.
Curiosamente, em 2012 o Sport investiu na equipe feminina
de basquete mais do que vinha fazendo em anos anteriores, contratando atletas
como as americanas Alexandria Rochell Montgomery e Jheri Booker e as
brasileiras Adrianinha e Alessandra. O recente investimento anima William
Rocha, que sente falta de uma maior interação entre os atletas profissionais
dos diferentes esportes. "Quando a gente é do juvenil, a gente convive
mais, conhece atletas de outras modalidades. Quando passa para o profissional,
tem família, compromissos e termina se distanciando", lamenta o zagueiro.
Wiilliam Rocha não perdeu a oportunidade e, a convite do
Blog do Torcedor e do programa Replay, da TV Jornal, foi conferir um treino das
meninas do basquete rubro-negro e arriscou até algumas jogadas em direção à
cesta. "Vamos ver se eu sou mais ou menos no basquete como eu sou mais ou
menos no futebol", brincou.
Mas parece que a habilidade do jogador é mesmo apenas com
os pés. Assessorado por Franciele, atleta que ele conhecia dos tempos em que os
dois jogavam em Jundiaí, o zagueiro tentou sem sucesso atingir a cesta. Depois,
desistiu de usar as mãos e fez o que está mais acostumado a fazer: passou a
bola com os pés para que a Fran pudesse pontuar. Atento ao convidado
inustitado, o técnico da equipe feminina Roberto Dornelas avaliou o atleta.
"Não sei com a mão, mas com o pé ele passou bem a bola para a Fran fazer a
cesta", afirmou.
Matéria e foto: Site do Jornal do Comercio de Recife