Por Redação do Esporte Jundiaí
Foto: Divulgação
Lenda da sinuca brasileira, o baiano Rui Chapéu morreu neste sábado (29), aos 79 anos. O anúncio da morte do jogador, que ficou famoso nos anos 1980 por suas performances no ‘Show do Esporte’, na TV Band, foi feito em sua conta no Instagram.
Ele estreou no Show do Esporte em 1984, onde permaneceu por oito anos fazendo apresentações no programa.
Rui Chapéu esteve em Jundiaí em 2010 quando ocorreu um torneio de sinuca em clube da cidade.
Nascido no município de Itabuna (BA), em 1940, José Rui de Mattos Amorim, o Rui Chapéu, começou a jogar sinuca aos 12 anos em sua cidade natal. Aos 17, ele já era considerado o melhor jogador do município que hoje tem cerca de 200 mil habitantes.
Aos 18 anos, teve de abandonar o esporte para ajudar a família e começou a trabalhar como caminhoneiro. Ele só voltou a jogar sinuca em 1973, após se mudar para São Paulo.
Jogando nos bares de São Paulo, ele ganhou o apelido de Rui Chapéu por usar uma boina branca, que acabou virando seu símbolo. Chegava a disputar dezenas de partidas por dia, sempre ganhando dinheiro nas apostas que fazia. Viajou para cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Goiânia em busca de novos desafiantes e espalhando a sua fama.
A notoriedade para além dos salões de bilhar começou em 1979, depois de participar algumas vezes do programa de Silvio Luiz na TV Record. Sua popularidade decolou quando começou a participar do Show de Esportes, onde chegou a enfrentar o inglês Steve Davis, seis vezes campeão mundial de sinuca nos anos 1980. "Ele veio várias vezes aqui e perdi mais do que ganhei. Mas ganhei uma vez de 6 a 1", contou Rui Chapéu.
Recebeu propostas para jogar fora do país, mas nunca quis sair de perto da família para tentar ganhar dinheiro no exterior. Por aqui, é considerado um dos responsáveis por popularizar o esporte, que era associado à criminalidade. No seu aniversário, dia 21 de março, é comemorado o dia do atleta de sinuca e bilhar na cidade de São Paulo.
Ainda hoje ele influencia diversos jogadores, como o Baianinho de Mauá, que se tornou um fenômeno na internet.